Uma variante inédita do coronavírus foi identificada no Rio Grande do Sul pelo Laboratório de Microbiologia Molecular da Universidade da Feevale, de Novo Hamburgo. O comunicado foi emitido nesta segunda-feira (5) pela Rede Corona-ômica BR-MCTI, a qual o laboratório é integrante.
Mutações genéticas até então nunca identificadas foram detectadas em amostras coletadas nas fronteiras do Estado. O estudo tinha por objetivo identificar até que ponto a variante Lambda (C.37), que surgiu no Peru, estaria ingressando em território gaúcho. Em vez de encontrar diagnósticos nesse sentido, foram encontradas novas mutações, o que deixou as autoridades em alerta.
Só em Uruguaiana, de 30 amostras analisadas, 20 delas não se encaixavam com o que se tem traçado como “normal” em coronavírus no Rio Grande do Sul, da variante Gama (P.1). A coleta identificou genomas com características novas, mutações inéditas e similares entre si.
Por enquanto, até receber uma nomenclatura definitiva, a nova variante será chamada de P.X. As próximas etapas do estudo se dedicarão a identificar o local em que a nova variante se originou e se ela representa mais ou menos perigo do que as que já circulam no Brasil, bem como analisar em que medida anticorpos de pessoas vacinadas ou que já foram infectadas com outras variantes do coronavírus conseguem neutralizá-la.