A morte do fugitivo Lázaro Barbosa, na manhã desta segunda-feira (28), coloca em xeque a cobertura midiática no país. Afinal, a notícia veio pelo diretor da Agência Nacional de Inteligência, delegado Alexandre Ramagem. Na sua postagem, o delegado questiona o desarmamento da sociedade. Na opinião dele:
“Parabéns à PM/GO e demais forças pelo sucesso nas diligências de localização e todo esforço na captura. Planejamento, cooperação e inteligência encerraram a reincidência de crimes hediondos e mais tragédias a outras possíveis famílias. Nossos sinceros sentimentos pelas vítimas. Busca-se sempre a estruturação de polícias eficientes e competentes, mas sabendo ser impossível a proteção constante e permanente de todos. O cidadão deve ter meios para defesa legítima de sua família. Desarmamento demonstrou ser um desastre como política nacional de segurança”
Aliás, uma das invasões pretendidas pelo criminoso só não ocorreu quando um caseiro da propriedade atirou e Lázaro, então, fugiu.
A Segurança Pública sempre foi uma plataforma da campanha do atual presidente Jair Bolsonaro. Em especial, o direito da população em estar armada para se defender. Destacar as colocações de Ramagem poderia ser evidenciar Bolsonaro? Na visão de vários veículos de comunicação do centro do país, sim. Solução? Não citar.
O âncora de um canal de TV por assinatura chegou a ler a postagem e parar no meio da leitura ao perceber o caminho que a mensagem seguiria. Outro canal decidiu “esquecer” do delegado Ramagem ao apenas dizer “veio a informação da morte”.