O prefeito José Otávio Germano editou nesta terça-feira (4) um novo decreto que volta a proibir, por parte da Corsan, o corte no abastecimento de água de unidades consumidoras inadimplentes no município. A principal justificativa é a crise econômica e a falta de renda nas famílias provocada pela pandemia do novo coronavírus.
O decreto nº 43/2021 proíbe a interrupção no fornecimento de água na cidade durante os meses de maio e junho. José Otávio voltou criticar a maneira como a Corsan se comporta com relação aos cachoeirenses. “Demonstra falta de sensibilidade, chegando muitas vezes a beirar a falta de humanidade”, disparou o prefeito.
Um decreto anterior a este proibia o corte de água nos meses de março e abril, se justificando pela dificuldade econômica encontrada por muitas famílias para arcarem com os custos da água, pelas restrições de acesso aos locais de pagamento de contas e também pelo entendimento de que o fornecimento de água tem caráter essencial e imprescindível quanto às medidas de higiene necessárias para o combate da pandemia covid-19.
O gerente da Corsan em Cachoeira do Sul, Neorildo Dassi, disse nesta terça em entrevista ao programa Rádio Repórter, da Rádio Fandango, que cerca de 2 mil unidades consumidoras encontram-se inadimplentes no município. Caso o decreto do prefeito não tivesse sido editado, todas estariam em condições de terem o fornecimento cortado pela estatal.
Neorildo ressalta que a Corsan chegou a isentar famílias de baixa renda por oito meses durante a pandemia. Durante esse período, cerca de R$ 1 milhão deixaram de entrar nos cofres da companhia.