O Desafio do Apagão chama atenção de pais e responsáveis, após casos de mortes de crianças em contato com o TikTok. Uma das vítimas – nos Estados Unidos – ficou internada 19 dias. O menino foi levado às pressas ao hospital depois de participar do Desafio do Apagão, que consiste em colocar um cinto ou uma corda no pescoço e ficar sem respirar o tempo que conseguir.
A família do garoto chegou a divulgar um comunicado:
“Gostaríamos de informar a todos que esta noite, depois de lutar o bom combate no suporte vital por 19 dias, Josué partiu para estar com o Senhor. A todos que oraram incansavelmente e compartilharam nosso fardo durante este tempo de provações, agradecemos. Suas orações e seu amor nos consolaram e somos gratos por seu apoio. Estaremos compartilhando os preparativos para o funeral nos próximos dias para aqueles que estiverem interessados em participar”
Outra vítima, no começo do ano, foi uma menina de 10 anos, que morreu de asfixia em Palermo, na Itália, na última quarta-feira (20). Segundo a imprensa italiana, o caso ocorreu enquanto a garota também participava do Desafio do Apagão, no TikTok.
A menina colocou um cinto no pescoço com a intenção de ficar o maior tempo possível sem respirar. Então, o conteúdo registrado pelo celular depois seria publicado na rede social. Ela foi encontrada inconsciente pela irmã de cinco anos no banheiro de casa. Imediatamente, os pais a levaram para o hospital infantil, mas a garota não sobreviveu.
Investigação
O Ministério Público abriu um inquérito por “incitação ao suicídio”. O celular da vítima foi apreendido pelos investigadores que avaliarão se alguém a convidou para participar do desafio ou se ela estava gravando o vídeo para um amigo ou conhecido.
Mudanças de regras na plataforma
Com a repercussão da tragédia, o TikTok emitiu uma nota. Assim, a rede social com base na China se colocou à disposição das autoridades italianas e afirmou que irá “colaborar durante toda a investigação”.
A plataforma anunciou diversas mudanças com a intenção de estabelecer um ambiente seguro e saudável para os usuários entre 13 e 15 anos. Por exemplo, os perfis desse público passaram a ser privados por padrão.
Além disso, o TikTok possui uma ferramenta que permite aos pais acompanharem o comportamento de crianças e adolescentes na rede social. Bem como, os adultos podem alterar as configurações das contas dos filhos.