BANDEIRA PRETA: CACHOEIRA TEM PIOR ÍNDICE DO RS

Por
BANDEIRA PRETA: CACHOEIRA TEM PIOR ÍNDICE DO RS
ATUALIZAÇÃO / COVID-19
2 de abril de 2021 - covidb

Crédito: Governo do RS

Nesta rodada do Distanciamento Controlado, três regiões situaram-se em grau de risco máximo, de bandeira preta, sendo elas: Cachoeira do Sul, Santa Cruz do Sul e Lajeado. Os registros de hospitalizações confirmadas para Covid-19 registradas nos últimos sete dias uma queda de 31.4%, passando de 334 para 229 na macrorregião (somando as seis regiões Covid).

As regiões de Santa Rosa, Ijuí e Cruz Alta registraram a menor média ponderada final da rodada, de 1,98. A região de Cachoeira do Sul teve a mais alta média final, de 2,45, seguida por Capão da Canoa, cuja média ficou em 2,43.

No Hospital de Caridade e Beneficência (HCB), 20 pacientes estão internados UTI Covid – 19 pacientes de Cachoeira do Sul e um de Novo Cabrais. Já a Enfermaria Covid abriga 31 pacientes. A instituição tem 155% de taxa de ocupação com 15 dias de superlotação.

Com relação à quantidade de pacientes internados com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), uma queda de 7.2%, passando de 153 para 142. No caso de leitos clínicos, o número de pacientes internados teve uma queda de 18.8%, passando de 368 para 299. E com relação aos internados por Covid-19 em leitos de UTI, houve uma queda de 7.5%, passando de 146 para 135.

O indicador relacionado a capacidade de atendimento com isso manteve-se na bandeira amarela. No comparativo do número de leitos livres de UTI no último dia para atender Covid-19 entre as
duas quintas-feiras, verifica-se um aumento, passando de -49 para -46. Com isso, manteve-se na
bandeira amarela.

Portanto, com as variações nos números de internados e na velocidade do avanço da doença, os indicadores macrorregionais que mensuram número de pacientes internados em UTI (por SRAG ou Covid-19) obtiveram bandeiras Amarela e Amarela, respectivamente. O indicador de internados em leitos clínicos (Covid-19) obteve uma bandeira Amarela. Os indicadores de capacidade de atendimento e de mudança na capacidade de atendimento, mensuradas pela macrorregião, obtiveram bandeira amarela e amarela, respectivamente.

CACHOEIRA DO SUL

Na versão preliminar do Distanciamento Controlado desta semana, a região de Cachoeira do Sul obteve a mensuração final compatível à bandeira preta. Quanto aos seus quatro indicadores regionais, Cachoeira do Sul obteve as seguintes bandeiras: no indicador de incidência (número de hospitalizações por Covid-19 para cada 100 mil habitantes) a bandeira foi preta; no de projeção de óbitos a bandeira obtida foi preta; quanto à
velocidade de avanço (hospitalizações confirmadas nos últimos sete dias / hospitalizações confirmadas nos sete dias anteriores) a bandeira foi amarela; e com relação ao estágio da evolução na região (ativos/recuperados) a bandeira foi vermelha.

O número de novos registros de hospitalizações por Covid-19, nos últimos sete dias, comparado com a semana anterior, apresentou uma queda de 21.2%, passando de 52 para 41. Quanto ao número de óbitos, nos últimos 7 dias, comparado com a semana anterior, tivemos uma queda de 11.1%, passando de 36 para 32.

Em relação ao número de internados em UTI por SRAG, comparado com a semana anterior, apresentou uma
queda de 12.0%, passando de 25 para 22. No caso do número de internados em leitos clínicos para Covid-19, entre as duas semanas verifica-se uma queda de 9.1%, passando de 88 para 80.

Para o número de internados em UTI confirmadas para Covid-19, a situação foi de uma queda de 12%, passando de 25 para 22. Já o número de casos ativos observados na penúltima semana, comparado à anterior, tivemos uma queda de 19.8%, passando de 2541 para 2038. Quanto aos casos recuperados nos 50 dias prévios à penúltima semana, comparado à anterior, tivemos um aumento de 33.3%, passando de 2690
para 3586. Com isso a razão entre as duas variáveis teve uma queda de 39.8%, passando de 0.94 para 0.57. Com relação ao número de leitos de UTI livres para atender Covid-19 no último dia, o quantitativo apresentou um aumento, passando de -13 para -11.

Destaca-se que a quantidade de novas hospitalizações em proporção da população é bastante elevada, refletindo na bandeira Preta para o indicador de incidência na região.

MAPA DO DISTANCIAMENTO

Pela sexta semana consecutiva, o mapa do modelo de Distanciamento Controlado traz o Rio Grande do Sul inteiro em risco altíssimo devido à pressão sobre a capacidade hospitalar. Isso significa que, nesta 48ª rodada, todas as 21 regiões Covid do Estado estão em bandeira preta.

Esse já é o mapa definitivo, sem possibilidade de envio de pedidos de reconsideração, devido à gravidade do cenário. Também segue suspensa a Regra 0-0, a partir da qual municípios sem registro de óbito ou hospitalização de moradores nos últimos 14 dias poderiam adotar protocolos de bandeira imediatamente inferior. A cogestão regional, por sua vez, está permitida.

A análise dos 11 indicadores do modelo de Distanciamento Controlado desta semana mostra que houve redução no número de confirmados com Covid-19 em leitos clínicos (-20%), assim como leve queda no número de internados pela doença em leitos de UTI (-4%).

Apesar da redução na velocidade de propagação e no número de internados, o sistema hospitalar segue sob pressão fortíssima, o que se traduz na elevada quantidade de mortes. O aumento no número de óbitos na semana foi bastante expressivo, com crescimento de 16% de uma semana para outra – de 1.824 para 2.124. É o maior registro em uma semana desde o começo da pandemia.

Considerando a expansão de 3% no total de leitos de UTI existentes e a redução de 3% no número de internados, houve elevação da razão de leitos de UTI livres para cada ocupado, voltando a apresentar valor positivo, mas ainda muito crítico, de apenas 0,02.

A ocupação próxima a 100% indica forte pressão sobre o sistema hospitalar, e isso significa que a operação segue acima da capacidade indicada em algumas regiões do Estado. Ou seja, quem precisar de atendimento ainda encontrará uma rede hospitalar lotada.

Pelas médias ponderadas finais de cada região, as 21 regiões Covid estariam em bandeira vermelha, que indica risco alto para o coronavírus. No entanto, devido ao acionamento da salvaguarda estadual, implementada na 43ª rodada, todas as regiões ficaram em bandeira preta. A ferramenta leva em consideração a razão de leitos livres de UTI sobre leitos ocupados por Covid em UTI. Quando a razão estiver menor ou igual a 0,35 a nível estadual, a salvaguarda é acionada, e se sobrepõe a todas as outras regras.

O ajuste no modelo foi considerado necessário porque, quando a capacidade hospitalar está próxima do limite, alguns dados podem sofrer atrasos de preenchimento devido à sobrecarga das equipes e, além disso, os indicadores de “velocidade do avanço” e de “variação da capacidade de atendimento” se tornam prejudicados – uma vez que, mesmo havendo demanda por leitos, podem não ser preenchidos devido à lotação das áreas Covid dos hospitais. Esse aprimoramento visa melhor refletir e evitar o esgotamento de leitos.

Cogestão regional e feriado de Páscoa

A retomada da possibilidade de cogestão regional se deu no dia 22 de março. O sistema permite a adoção de protocolos distintos daqueles de bandeira preta, mas tão ou mais rígidos do que os da bandeira imediatamente anterior (neste caso, a bandeira vermelha).

O governo do Estado também havia prorrogado a suspensão de atividades não essenciais das 20 horas às 5 horas até 4 de abril aos fins de semana e feriados. Na quinta-feira (2), porém, o Estado anunciou que a medida seguirá vigente pelo menos até 9 de abril.

Aos finais de semana e feriados, segue a determinação da restrição de atividades presenciais durante todo o dia. As exceções são os serviços essenciais, como farmácias, supermercados e comércio de materiais de construção e demais exceções que já constam no atual decreto de suspensão geral de atividades (Decreto 55.789).

A exceção será este sábado (3), quando ficará permitida a abertura de atividades não essenciais, como comércio e restaurantes, com as mesmas restrições de horário dos dias úteis. A suspensão geral das atividades foi mantida na Sexta-feira Santa (2) e seguirá no domingo de Páscoa (4).

As atividades não essenciais poderão funcionar neste sábado (3) com os mesmos horários de dias úteis. Portanto, o comércio em geral, academias, salões de beleza e outros serviços só podem funcionar entre 5 horas e 20 horas.

Para restaurantes, bares e lancherias, o horário limite para atender clientes de forma presencial é 18 horas e o atendimento pode ser feito nas modalidades de take away (pegue e leve) e drive-thru entre as 5 horas e 20 horas em todos os dias da semana, inclusive sábados, domingos e feriados. Após esse horário, somente tele-entrega.

Para os supermercados, o limite de funcionamento é 22 horas em qualquer dia da semana. Todos os serviços podem operar em modo delivery (tele-entrega). As atividades essenciais, como farmácias, clínicas médicas, postos de combustíveis, entre outros, não têm restrição de horário.

Parques temáticos, de aventura, jardins botânicos, zoológicos e museus, entre outros espaços de cultura e lazer, seguem proibidos de receber público externo na bandeira preta e na vermelha (limite para quem está em cogestão), em qualquer dia da semana. A permanência em praias, praças e parques urbanos também segue restrita, e esses locais estão liberados apenas para atividades físicas individuais.

Destaques da 48ª rodada

• número de novos registros semanais de hospitalizações confirmadas com Covid-19 reduziu 5% entre as duas últimas semanas (de 2.796 para 2.650);
• número de internados em UTI por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) reduziu 4% no Estado entre as duas últimas quintas-feiras (de 2.735 para 2.628);
• número de internados em leitos clínicos com Covid-19 no RS reduziu 20% entre as duas últimas quintas-feiras (de 4.706 para 3.743);
• número de internados em leitos de UTI com Covid-19 no RS reduziu 4% entre as duas últimas quintas-feiras (de 2.585 para 2.489);
• número de leitos de UTI adulto livres para atender Covid-19 no RS voltou a ser positivo. No agregado do Estado, passou-se de déficit de 160 leitos para 45 leitos livres entre as duas últimas quintas-feiras;
• número de casos ativos reduziu 22% no período (de 90.676 para 70.361);
• número de registros de óbito por Covid-19 aumentou 16% entre as duas últimas quintas-feiras (de 1.824 para 2.124).

Comparativo: situação entre 4/3/2021 e 1º/4/2021

• número de novos registros semanais de hospitalizações confirmadas com Covid-19 reduziu 6% entre as duas últimas semanas (de 2.818 para 2.650);
• número de internados em UTI por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) aumentou 18% no Estado no período (de 2.220 para 2.628);
• número de internados em leitos clínicos com Covid-19 no RS reduziu 11% no período (de 4.204 para 3.743);
• número de internados em leitos de UTI com Covid-19 no RS aumentou 24% no período (de 2.015 para 2.489);
• número de leitos de UTI adulto livres para atender Covid-19 no RS voltou a ser positivo; no agregado do Estado, passou-se de déficit de 25 leitos para 45 leitos livres;
• número de óbitos por Covid-19 acumulados em sete dias aumentou 144% no período (de 872 para 2.124).