O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva poderá sair beneficiado da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que jogou para o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), em Brasília, os processos contra o petista no âmbito da Operação Lava Jato que tiveram sentenças anuladas pelo ministro Edson Fachin. O TRF1 é considerado por advogados, procuradores e até pelos próprios desembargadores uma corte de perfil mais “garantista”, que costuma privilegiar direitos dos réus.
No ano passado, o Tribunal tomou decisões que beneficiaram Lula. Caberá aos mesmos magistrados decidir agora sobre as ações do petista. Com os direitos políticos recuperados pela decisão de Fachin, Lula ainda não está totalmente livre de eventuais condenações que possam torná-lo inelegível e deixá-lo fora da disputa presidencial em 2022.
Lula foi enquadrado na Lei da Ficha Limpa após ser condenado, em 2018, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro em segunda instância no caso do tríplex do Guarujá (SP). Com a decisão de Fachin, essa e outras condenações foram anuladas e Lula poderá disputar as eleições do ano que vem.