O ex-presidente e ex-detento Luiz Inácio Lula da Silva virou réu, acusado de usar o instituto que tem seu nome para lavar R$ 4 milhões doados pela Odebrecht, entre 2013 e 2014. É a quarta vez que Lula vira reú pela Operação Lava Jato no Paraná. O juiz Luiz Antonio Bonat também indiciou o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci e o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamoto.
De acordo com a denúncia, os valores foram repassados na forma de doação legal e são frutos de contratos fraudulentos da Petrobras. Conforme a ação, Lula era “comandante e principal beneficiário do esquema de corrupção que também favorecia as empreiteiras cartelizadas” e tinha conhecimento da “cobrança sistemática de propinas”.
A acusação é baseada nos depoimentos de Palocci, Marcelo Odebrecht (ex-presidente da construtora), e Alexandrino Ramos de Alencar (ex-executivo da empresa e também réu na ação).
Em nota, a defesa de Lula alegou que “a mesma decisão desconsidera que Lula já foi definitivamente absolvido pela Justiça Federal de Brasília da absurda acusação de integrar de uma organização criminosa, assim como desconsidera decisão do Supremo Tribunal Federal que retirou da Justiça Federal de Curitiba a competência para analisar o assunto”.