As investigações em torno da morte do técnico de enfermagem cachoeirense, Onélio da Rosa Freitas, 56 anos, seguem em andamento. O desaparecimento ocorreu no dia 13 de março, após a vítima sair do plantão em um hospital de Porto Alegre. A Polícia trabalha com a suspeita de homicídio. O corpo foi localizado no Bairro Rubem Berta, na Zona Norte, e identificado pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP) na semana passada. As apurações indicam que Freitas, no mesmo dia de seu sumiço, recebeu R$ 5 mil de uma dívida. Segundo a Polícia, o cachoeirense não tinha envolvimento com o crime organizado. Depoimentos colhidos indicam que a vítima comentou o recebimento do valor com colegas de trabalho e que iria encontrar um casal.
Ainda conforme as investigações, o último saque bancário feito por Freitas foi no dia 12 de março, ou seja, um dia antes de seu desaparecimento. O valor retirado foi de R$ 300. A polícia pretende ouvir colegas de trabalho de Freitas.
O corpo foi encontrado quatro dias após o sumiço, em 17 de março, em um terreno baldio na Avenida Baltazar de Oliveira Garcia, por uma pessoa que passava pelo local. Devido ao avançado estado de decomposição, o IGP não conseguiu coletar as impressões digitais da vítima. A identificação exigiu um trabalho de tratamento da pele. O resultado do exame ficou pronto apenas no dia 7 deste mês para confirmar a identidade do cachoeirense.
A dificuldade na identificação da vítima ainda contou com outro fator: no dia 12 de março, véspera do desaparecimento de Freitas, outro homem sumiu. As roupas que o cachoeirense usava chegaram a levar a Polícia a acreditar que o corpo não seria de Freitas.
Caso
O Siena vermelho dele foi encontrado dois dias depois do desaparecimento, em 15 de março, na Rua Fernando Camarano, também no Bairro Rubem Berta, em Porto Alegre. Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que o automóvel foi deixado no local por dois homens, por volta das 20 horas. A Polícia chegou a pedir a coleta de fragmentos e impressões digitais no veículo. No entanto, o material não apontou suspeitos.
De acordo com as apurações policiais, foi tentado atear fogo ao corpo. Apesar do avanço das investigações, a Polícia ainda não sabe determinar as circunstâncias da morte.
Freitas morava em Porto Alegre desde os 23 anos de idade. O cachoeirense trabalhava há 30 no mesmo hospital. Era separado. Deixou dois filhos e morava no Parque dos Maias.