O Fundo de Aposentadoria e Pensão do Servidor (Faps) da Prefeitura de Cachoeira do Sul teve um novo capítulo na sua novela de dívidas e temor pela chegada do dia em que o Município ficará inviável caso nada seja feito para solucionar a questão. Na sessão da tarde desta segunda-feira (9), a Câmara de Vereadores votou o projeto do Executivo Municipal para parcelar o pagamento. A mesma medida já foi tomada nas retas finais de anos anteriores. Mais uma vez, o Poder Legislativo aprovou a proposta de parcelamento. A votação final ficou em 12 a 3. Itamar Luz (PSDB), Telda Assis (PT) e Luis Paixão (PP) votaram contra.
O debate trouxe argumentações sobre a pauta. “Falta gestão. Falta vontade política. Os servidores dizem que desequilibram uma eleição e podem decidir. Que usem isso e levem em conta quem pode resolver essa questão. Tem solução. Com parcelamento ou não”, ressaltou o presidente da Câmara, Carlos Alberto – que votou a favor. “Vamos continuar empurrando com a barriga?”, questionou o vice-presidente, Itamar Luz – diferente do presidente, votou contra o projeto. “Sou um rato que afunda junto com seu patrão, mas não deixo colegas afundarem ‘solitos’. Afundo junto com eles, se precisar”, justificou o líder do Governo Municipal na Câmara, Pedro Jarrão (PDT), ao votar favoravelmente pelo parcelamento do Faps.
O termo “rato” foi usado após Paixão ter dito a mesma palavra na justificativa de seu voto contrário ao projeto. “Já detectei uma coisa: quando o navio começa a afundar, os ratos pulam fora”, disparou o progressista.