A Justiça afastou nesta quarta-feira (25) o prefeito de Bagé, Divaldo Vieira Lara (PTB), irmão do presidente da Assembleia Legislativa, Luís Augusto Lara. O prefeito foi denunciado por formação de quadrilha, desvio de verbas públicas, fraude em licitação e crime de responsabilidade. A decisão é da 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça e o afastamento é pelo menos 180 dias. Até o final da manhã desta quinta-feira, o prefeito ainda não tinha se manifestado sobre a decisão da Justiça.
O prefeito foi notificado da decisão, na manhã desta quarta-feira (25), por integrantes da Procuradoria dos Prefeitos e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público (MP).
O afastamento do prefeito foi determinado em despacho assinado no início da noite de terça-feira (24) pelo desembargador Julio Cesar Finger, em ação que tramita na 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça. O prefeito também foi proibido de frequentar as dependências da prefeitura e da Câmara de Vereadores do município.
Além de Divaldo, também foram atingidos pela medida os ex-secretários municipais de Finanças, José Otávio Ferrer Gonçalves, e do Meio Ambiente, Aroldo Quintana Garcia. Ambos já estavam afastados do cargo desde outubro do ano passado, quando o MP deflagrou a Operação Factótum. Na ocasião, Divaldo foi alvo de mandados de busca e apreensão e teve a casa e o gabinete vasculhados pelos procuradores. O grupo é investigado por suposta fraude em licitações na coleta de lixo na cidade.
No início do mês, o MP ofereceu duas denúncias criminais. Além do prefeito e dos auxiliares, também foram denunciados a ex-diretora-geral da Câmara de Vereadores Carla Almeida Caetano Gonçalves, o ex-diretor do Departamento de Águas e Esgotos de Bagé Volmir Oliveira Silveira, o ex-secretário da Fazenda Aurelino Brites Rocha, os servidores Giovani Soares de Morales e Glademir Silva Leal, o atual secretário Municipal do Meio Ambiente, Nael Abd Ali, e os empresários Ronaldo Burns Costa e Silva, Paula Lopes Groeger, Rogério dos Anjos Meirelles e Cassius Fagundes Reginatto.
Fonte: Tribunal de Justiça