Duas unidades sanitárias de Cachoeira do Sul aplicaram vacina contra a febre amarela com prazo de validade vencido. A data, conforme o Departamento de Vigilância Sanitária, era 30 de junho e agora quem se vacinou será contatado para ser revacinado. Foram 12 pessoas em um posto de saúde e duas em outro. A Rádio Fandango FM e o Portal O Correio Digital receberam mensagens na manhã desta quarta-feira (17) de pessoas indignados com o procedimento.
As equipes já entraram em contato com as famílias e, segundo a enfermeira Andrea Santos, os servidores envolvidos foram advertidos e sofrerão as medidas cabíveis. “Os vacinados recebem supervisão direta dos enfermeiros das unidades”, revelou, acrescentando que as pessoas devem atender ao chamamento para receber a vacina.
ATENÇÃO
A vacinação de rotina para febre amarela é ofertada em 19 estados, entre eles, o Rio Grande do Sul. Vale destacar que na Bahia, Piauí, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, a vacinação não ocorre em todos os municípios.
Todas as pessoas que vivem nesses locais devem tomar uma dose da vacina ao longo da vida. Precisam se imunizar crianças a partir de nove meses e adultos até 59 anos, com apenas uma dose da vacina. Assim, a proteção está garantida para o resto da vida. Para quem ainda não foi vacinado, a orientação é receber a dose única.
Quem deve tomar a vacina, com restrições
- Pessoas acima de 60 anos deverão ser vacinadas somente se residirem ou forem se deslocar para áreas com transmissão ativa da febre amarela e que não tiverem alguma contraindicação para receber a vacina.
- Gestantes (em qualquer período gestacional) e mulheres amamentando só deverão ser vacinadas se residirem em local próximo onde ocorreu a confirmação de circulação do vírus (epizootias, casos humanos e vetores na área afetada) e que não tiverem alguma contraindicação para receber a vacina.
- Mulheres amamentando devem suspender o aleitamento materno por 10 dias após a vacinação e procurar um serviço de saúde para orientação e acompanhamento a fim de manter a produção do leite materno e garantir o retorno à lactação.
- Pessoa vivendo com HIV/AIDS desde que não apresentem imunodeficiência grave (Contagem de LT-CD4+<200 células/mm3). Poderá ser utilizado o último exame de LT-CD4 (independente da data), desde que a carga viral atual (menos de seis meses) se mantenha indetectável.
Quem não deve tomar a vacina:
- Pessoas com imunossupressão secundária à doença ou terapias.
- Imunossupressoras (quimioterapia, radioterapia, corticoides em doses elevadas).
- Pacientes em uso de medicações anti-metabólicas ou medicamentos modificadores do curso da doença (Infliximabe, Etanercepte, Golimumabe, Certolizumabe, Abatacept, Belimumabe, Ustequinumabe, Canaquinumabe, Tocilizumabe, Ritoximabe).
- Transplantados e pacientes com doença oncológica em quimioterapia.
- Pessoas que apresentaram reação de hipersensibilidade grave ou doença neurológica após dose prévia da vacina.
- Pessoas com reação alérgica grave ao ovo.
- Pacientes com história pregressa de doença do timo (miastenia gravis, timoma).
- Fonte: Ministério da Saúde