Ministra responde arrozeiro: “Situação é complicadíssima”

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Ministra responde arrozeiro: “Situação é complicadíssima”
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24 de junho de 2019 - tereza cristina e kochenborger

Ministra Tereza Cristina e Kochenborger: desabafo do produtor teve como sequência uma resposta do governo / Fotos: EBC e reprodução

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, respondeu o vídeo divulgado durante o final de semana pelo presidente da União Central de Rizicultores (UCR), Ademar Kochenvorger, o Pinto, no qual ele questiona o governo Bolsonaro sobre o Plano Safra 2019 que, segundo ele, não tem medidas que contemplem o setor arrozeiro. O dirigente, que mora e produz na Porteira Sete, em Cachoeira do Sul, afirma que o setor precisa de medidas que garantam sustentação do preço do arroz e, consequentemente, renda para o produtor.

Em áudio pelo Whatsapp, a ministra Tereza Cristina afirma que conhece a situação de endividamento dos arrozeiros gaúchos, a qual classificou como “complicadíssima”. “Conheço bem a situação. Compreendo o desespero de vocês. (…) Prorrogar (as dívidas) não adianta mais. Temos é que resolver o problema, talvez com uma securitização (de longo prazo)”, disse a ministra.

O áudio da ministra Tereza Cristina:

 

No mesmo áudio, a ministra justifica que a abertura das exportações de arroz brasileiro para o México fizeram o preço reagir, de R$ 36,00 para R$ 42,00. Tereza Cristina está em viagem à Europa e deve retornar ainda nesta semana. Ela pretende se reunir com o ministro da Economia, Paulo Guedes, para discutir novas medidas para o setor arrozeiro.

CUSTOS

Ainda no áudio, a ministra da Agricultura fez uma citação sobre um tema que há anos os arrozeiros esperam uma solução: a redução dos custos de produção. “Temos que resolver o problema do custo, fazer o mercado reagir para vocês ganharem dinheiro”, salienta Tereza Cristina.

O discurso de Tereza Cristina converge com a angústia vivida há anos pelos produtores de arroz. O presidente da UCR, Pinto Kochenboger, afirma que somente a redução dos custos de produção fará com que os arrozeiros voltem a ter renda. “Não precisamos de anistia (perdão de dívidas). Precisamos voltar a ter renda. Terminar com os cartéis que nos exploram. Tanto nos insumos como nos cartéis da indústria”, complementa Kochenborger.

CLIQUE AQUI E VEJA O VÍDEO DO PRESIDENTE DA UCR, ADEMAR KOCHENBORGER