A reportagem do OCorreio Digital teve acesso ao levantamento sobre despesas da Prefeitura de Cachoeira do Sul e um caso chama atenção: a dívida de R$ 1.398.975,08 que tem com o Hospital de Caridade e Beneficência (HCB). O montante é resultado da soma do restante devido ainda relativo ao ano de 2018 (R$ 897.921,83) e os valores que já estão em aberto em 2019 (R$ 501.053,25).
A cifra de 2019 é próxima da estimativa da economia que a Prefeitura teria caso o chefe do Executivo Municipal, Sérgio Ghignatti, determine a implantação do Diário Eletrônico. Assim, os cofres públicos (abastecidos com impostos pagos pelo contribuinte cachoeirense) teriam em torno de R$ 500 mil a mais que poderiam ser revertidos em melhorias para a população.
Além de optar em não pagar o HCB ao mesmo tempo que deixa de economizar implantando o Diário Eletrônico, Ghignatti ainda aprovou a aquisição de 600 exemplares de anuários no valor gasto de R$ 24,9 mil ao todo, apesar da documentação não indicar de que forma seria comprovada a entrega, o número de exemplos e o seu destino.
Outro ponto que causa estranheza nos corredores políticos é a mudança do projeto relativo ao Estacionamento Rotativo em Cachoeira do Sul. O ex-secretário, Luciano Lara, elaborou a proposta prevendo o retorno de 20% do total arrecadado para os cofres da Prefeitura. No entanto, Ghignatti modificou o índice e reduziu para 12%, abrindo mão de valor em torno de R$ 30 mil por mês, sem explicar ao secretário exonerado as razões.