Os professores da rede municipal são convocados pelo Sindicato da categoria, o Siprom, para o ato público que será realizado nesta terça-feira (11), das 8h às 10h, na frente da Prefeitura. Pelos redes, o magistério se mobiliza e com faixas, cartazes, apitos e palavras de ordem vão protestar contra o que chamam “calote do Faps”, “desvalorização dos professores”, “retirada dos direitos dos educadores” e “a situação precária das escolas”.
A decisão de realizar o ato público foi tomada em assembleia geral realizada na semana passada. Com o protesto, os professores querem mostrar força ao Governo Ghignatti e, para tanto, a diretoria do Siprom quer recebida pelo prefeito em um dia dedicado ao atendimento da população.
Para o Siprom “instalou-se um caos na educação” e, por isto, a categoria aprovou 15 itens em que demonstra a indignação da categoria com as medidas adotadas pelo governo. O Sindicato também espera para a partir de janeiro que a Prefeitura também cumpra a ação judicial, que determina o pagamento do piso nacional do magistério.
A presidente do Siprom, Josie Rosa, está otimista com a manifestação tanto que durante a semana, com demais integrantes da diretoria, visitou escolas para alertar da necessidade da mobilização. “Tenho a certeza que a categoria se fará presente”, afirmou.
Na assembleia do dia 30 de novembro de 2018, no Siprom, os professores municipais debateram a seguinte pauta:
1) Insegurança constante no exercício da profissão, pois toda semana são apresentadas, por parte da Administração Municipal, situações que anulam e tiram direitos dos professores, já garantidos em lei.
2) Instabilidade constante em relação às aposentadorias, motivada pela inadimplência do governo com o Faps, em não pagar a parte patronal, parcelando a dívida e não cumprindo com seus compromissos.
3) Erros na administração municipal, fazendo retornar ao trabalho inúmeros professores já autorizados ao gozo de licença prêmio a fim de aposentadoria, por lançamentos inadequados e errôneos no Sistema que, além de gerar abalo moral ao profissional, desorganiza toda sua vida particular.
4) Plano de Saúde à beira de cancelamento.
5) Redução do salário de professores, prejudicando inclusive o comércio da cidade. O Regime Suplementar de Trabalho teve a remuneração alterada, como se fosse um benefício político e não uma jornada de 20h de trabalho, com alunos e todos os compromissos inerentes ao cargo, garantindo as aulas e o ano letivo a muitas turmas, por falta de docentes.
6) Infraestrutura inadequada em escolas, com falta de espaços físicos, materiais e equipamentos adequados, obrigando às direções a comporem turmas com crianças e adolescentes em número não compatível com o espaço e com a qualidade do ensino.
7) Transporte escolar com falta de segurança a alunos e professores.
8) Falta de vagas na Educação Infantil para a demanda de zero a 3 anos de idade.
9) Educação de Jovens e Adultos já extinta ou em processo de extinção, justificando economia, mas causando insegurança e dificuldades àqueles que já foram prejudicados pela vida, pela falta de oportunidades e que agora desejam dar continuidade aos seus estudos.
10) Revisão e modificação do Plano de Carreira do Magistério sem discussão com a categoria, ficando os profissionais à mercê do ponto de vista e interpretações de outros profissionais da Administração Municipal, que desconhecem e desvalorizam as lutas e conquistas da educação ao longo da história.
11) Constante desvalorização do professor com declarações ameaçadoras de cortes na remuneração e na forma de ascensão na carreira, causando uma tortura psicológica no magistério e abalo emocional.
12) Contratos emergenciais efetivados anualmente, sem realização de concurso público, por plena falta de planejamento e de interesse, burlando a norma constitucional sistematicamente e intencionalmente.
13) Falta de vagas na Classe F para promoções, pela primeira vez no município, professores não serão promovidos por falta da redistribuição das vagas.
14) Falta de condições e infraestruturas às estradas do interior. Atualmente, muitas escolas têm que cancelar aulas, pela impossibilidade das estradas.
15) Retirada do direito conquistado, pela comunidade escolar, de escolher o diretor de escola.