A fumaça das queimadas na Amazônia volta a predominar no Rio Grande do Sul, fazendo o índice de qualidade do ar (IQAR) chegar à categoria insalubre nesta segunda-feira (23), com o índice de 173 na escala de presença de partículas finas PM2.5. Esse cenário tem gerado sérios riscos à saúde humana, principalmente para os grupos vulneráveis, como crianças, idosos, gestantes e pessoas com doenças respiratórias ou cardiovasculares.
Para se ter uma ideia da gravidade dessa situação, o grau de insalubridade do ar nesta segunda-feira chega a 173 na escala IQAR em Cachoeira do Sul. No domingo (22), em Porto Alegre, o índice era de 90, o que é categorizado como moderado no mesmo painel.
A inalação das partículas finas presentes na fumaça, como o material particulado PM2.5, pode provocar irritação e inflamação no sistema respiratório, agravando condições como asma, bronquite e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). Além disso, a exposição prolongada a esses poluentes pode aumentar o risco de infartos e arritmias cardíacas.
FUMAÇA REQUER ATENÇÃO ESPECIAL AOS GRUPOS VULNERÁVEIS
Crianças e gestantes são especialmente afetadas, pois os pulmões em desenvolvimento das crianças são mais suscetíveis a danos, enquanto gestantes podem enfrentar complicações relacionadas ao desenvolvimento do feto.
Especialistas recomendam que a população limite a exposição ao ar livre, mantenha portas e janelas fechadas, e utilize máscaras de alta filtragem, como N95 ou PFF2, para reduzir a inalação de partículas tóxicas. É essencial também manter-se hidratado e evitar atividades físicas em ambientes externos durante os períodos de alta concentração de fumaça.
Essa situação exige atenção contínua, especialmente nos próximos dias, quando as condições atmosféricas podem agravar ainda mais a qualidade do ar. A chegada de uma frente fria prevista para o final da semana deve amenizar a poluição, mas até lá, os cuidados com a saúde, especialmente dos grupos mais vulneráveis, são indispensáveis.
FUMAÇA REQUER USO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
- Hidratação: aumente a ingestão de água para manter as vias respiratórias úmidas.
- Redução da exposição: evite atividades ao ar livre em horários de alta poluição e mantenha portas e janelas fechadas.
- Uso de máscaras do tipo cirúrgica, pano, lenços ou bandanas podem reduzir a exposição às partículas grossas, especialmente para populações que residem próximas à fonte de emissão (focos de queimadas) e, portanto, melhoram o desconforto das vias aéreas superiores. O uso de máscaras de modelos respiradores tipo N95, PFF2 ou P100 são adequadas para reduzir a inalação de partículas finas por toda a população.
- Atividades físicas: evite exercícios físicos em períodos de elevada concentração de poluentes.
- Orientações a grupos vulneráveis: crianças, idosos e gestantes devem estar atentos a sintomas respiratórios e, se necessário, buscar atendimento médico imediatamente.