A área de serviço, apesar de essencial, é muitas vezes relegada ao último lugar no planejamento e execução de reformas. Essa atitude, no entanto, pode comprometer a eficiência de toda a casa. “É comum que muitas pessoas posterguem ou realizem uma execução aquém do merecimento em função do orçamento total da obra ou até por acharem desnecessário investir na área de serviço”, comenta a arquiteta Isabella Nalon, à frente do escritório que leva seu nome. Desse modo, tal espaço acaba não recebendo a devida atenção, resultando em uma perda de potencial.
Em imóveis menores, o cuidado com esse ambiente se torna ainda mais importante. “Ainda mais em plantas compactas, é preciso dedicar atenção para aprimorar o pouco espaço para extrair o melhor dela”, completa Nalon.
Se você está em busca de maneiras de transformar essa área em algo prático e bonito, confira abaixo as 6 dicas preparadas pela profissional!
1. Atente-se ao espaço para organizar os eletrodomésticos
Para muitos, o principal objetivo da área de serviço é acomodar a máquina de lavar. Porém, de acordo com a arquiteta Isabella Nalon, é desejável que o ambiente ofereça também espaço para guardar a tábua e o ferro de passar, além do aspirador de pó. “Como nem tudo precisa ou pode secar artificialmente, o varal é indispensável”, complementa a arquiteta. Ela recomenda as versões de teto com roldanas, manivelas e modelos automáticos para simplificar a hora de estender as peças.
2. Cuide da disposição dos eletrodomésticos
Levando em consideração que, em um projeto, nada é aleatório, a profissional ressalta que é indicado colocar a máquina de lavar perto do tanque, já que algumas roupas exigem a lavagem prévia e manual. Ela também sugere como conveniente a existência de uma bancada para o suporte de baldes e bacias. “Quando a lavadora não realiza a secagem, o equipamento complementar deve ficar ao lado ou acima”, orienta.
3. Considere o tanque
Apesar da popularidade das máquinas de lavar e secar, o tanque continua indispensável em qualquer área de serviço, especialmente para lavar peças delicadas e deixá-las de molho. Também é útil para a higienização de calçados e panos de limpeza.
Em relação à disposição do eletrodoméstico, a arquiteta recomenda considerar as necessidades do morador. Assim, é importante entender, por exemplo, as dimensões da área de serviço para a escolha de um tanque compatível e que não interfira na dinâmica de circulação e abertura de portas. Outra opção interessante pode ser uma grande cuba, feita do próprio material da bancada.
4. Planeje a área de armazenamento
Para a arquiteta Isabella Nalon, armários planejados são excelentes para aproveitar a área de serviço. Eles podem ser altos, para alojar vassouras, rodos e escadas ou padrões, ou na forma de gavetões, para comportar roupas.
De acordo com o tamanho do espaço, pode-se considerar também a presença de um varão para pendurar os cabides; nichos e prateleiras próximas ao tanque para deixar os produtos à mão; e uma sapateira para receber os calçados sujos.
5. Saiba quais são os revestimentos ideais
Em um local com o intenso uso da água, é primordial especificar um piso antiderrapante para garantir a segurança e integridade física dos usuários. Além disso, por conta dos respingos, é preciso que as paredes também tenham um revestimento que as proteja contra a umidade e simplifique a limpeza. “No restante da área de serviço, é possível explorar diferentes revestimentos e opções de pintura, de forma a transformá-la em um ambiente charmoso e gostoso de se estar”, enfatiza Isabella Nalon.
6. Garanta boa iluminação e ventilação natural
Para complementar a luz oriunda da janela, a profissional assinala a necessidade de uma iluminação homogênea, amarela e bem distribuída para evitar a formação de sombra e deixar a área de serviço acolhedora.
“Sem contar que o tipo de luminária não deve interferir na movimentação do varal ou na abertura das portas dos armários”, adverte. Por fim, a ventilação natural é indicada tanto para a secagem das roupas (se possível, instale o varal com as hastes no sentido do vento) como para a segurança no caso de aquecedores de passagem.
Por Glaucia Ferreira