Um processo segue em andamento na 1ª Vara Estadual de Processo e Julgamento dos Crimes de Organização Criminosa e Lavagem de Dinheiro, em Porto Alegre, sendo um desdobramento da Operação Fandango, realizada em setembro do ano passado em Cachoeira do Sul. Nele, o ex-prefeito José Otávio Germano e o diretor de um jornal impresso da cidade são alvos de um Procedimento Investigatório Criminal, conduzido pelo Ministério Público Estadual (MPE).
Na ofensiva da Justiça durante a Operação Fandango, o jornal teve seus contratos, empenhos e processos de concorrência apreendidos pela Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO).
A investigação em curso tem foco em possíveis crimes de Organização Criminosa e Lavagem de Dinheiro.
O procedimento tem condução sob responsabilidade do juiz Jaime Freitas da Silva e corre sob segredo de Justiça.
Lembre o caso
O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), por meio da Procuradoria da Função Penal Originária (PFPO), cumpriu mandados de busca e apreensão na sede da Prefeitura de Cachoeira do Sul e das Secretarias Municipais de Administração e Fazenda, Interior e Transportes, Meio Ambiente e Obras, bem como em residências de agentes públicos, agentes privados e empresários investigados e seus respectivos empreendimentos no município, onde foram arrecadados documentos e equipamentos eletrônicos.
Mandados de afastamento das funções com proibição de frequentar as dependências do Poder Executivo local, bem como de manter qualquer espécie de contato com os demais investigados e suspeitos também foram cumpridos. O prefeito de Cachoeira do Sul, José Otávio Germano (PP) e demais servidores foram afastados de suas respectivas funções em decorrência das investigações da Operação Fandango.
Foram cumpridos mandados de proibição de exercer direta ou indiretamente qualquer espécie de atividade de natureza econômica/financeira com o Poder Público e suspensão dos contratos firmados, que estejam em andamento com o Município de Cachoeira do Sul. As ordens foram expedidas pela Quarta Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul.
Na operação, a Justiça buscou mais detalhes sobre a suposta ocorrência de delitos licitatórios, corrupção ativa e passiva, concussão e prática de crimes de responsabilidade. Constam como investigados agentes públicos, privados e empresários envolvidos nas licitações e negociações suspeitas.