O Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS) emitiu uma nota na terça-feira (16) informando que uma espécie de mosquito-pólvora proliferada no Litoral Norte do Rio Grande do Sul é transmissora da febre oropouche. Apesar da presença do vetor, não há casos confirmados da doença no Estado.
A febre oropouche é transmitida principalmente pela picada do mosquito-pólvora e apresenta sintomas semelhantes aos da dengue, como dor de cabeça, dor muscular, diarreia, febre e vômitos. Não há um tratamento específico para a doença; recomenda-se repouso, tratamento sintomático e acompanhamento médico.
Testes realizados pelo CEVS confirmaram a presença do Culicoides paraensis em amostras coletadas em cidades do Litoral Norte gaúcho. De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil registra 7 mil casos confirmados da doença, a maioria na Região Norte. Em resposta, o governo emitiu uma nota técnica alertando sobre os riscos para gestantes, após a detecção de microcefalia em quatro recém-nascidos cujas mães estavam infectadas.
Até o momento, moradores das cidades gaúchas afetadas relataram apenas sintomas cutâneos, como coceira e formação de pequenas lesões vermelhas. No entanto, a febre oropouche pode se manifestar caso os insetos estejam infectados.
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SOBRE O MOSQUITO TRANSMISSOR DA FEBRE OROPOUCHE
O mosquito transmissor da febre oropouche é o Culicoides paraensis, um tipo de mosquito minúsculo pertencente à família Ceratopogonidae. Este mosquito é conhecido por transmitir o vírus oropouche, que causa a febre oropouche. Além do Culicoides paraensis, outros insetos hematófagos, como espécies de flebotomíneos e mosquitos, também podem atuar como vetores.
SOBRE A FEBRE OROPOUCHE
A febre oropouche é uma arbovirose (doença viral transmitida por artrópodes) causada pelo vírus oropouche (OROV). A doença é caracterizada por sintomas como febre alta, dores de cabeça, dores musculares, dor nas articulações, e, em alguns casos, pode causar manifestações neurológicas. A febre oropouche tem um quadro clínico semelhante ao da dengue, o que pode dificultar o diagnóstico diferencial. A transmissão ocorre principalmente por meio da picada do mosquito infectado.
