16 de julho: Constituição de 1934, Apollo 11 e mais

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16 de julho: Constituição de 1934, Apollo 11 e mais
DATAS&FATOS
16 de julho de 2024 - Apollo 11 / Crédito: NASA

DATAS&FATOS – 16 de julho

Fatos históricos

1934 — Promulgação da Constituição brasileira de 1934

A promulgação da Constituição Brasileira de 1934 representou um marco significativo na história política e constitucional do Brasil. Este evento, ocorrido em 16 de julho de 1934, foi um reflexo das profundas transformações sociais e políticas que o país vivia na época, marcando uma ruptura com a República Velha e estabelecendo novos princípios e diretrizes para a nação.

A Constituição de 1934 foi elaborada em um contexto de intensa agitação social e política, impulsionada pela Revolução de 1930, que levou Getúlio Vargas ao poder. Esse período foi caracterizado por uma forte demanda por reformas e modernização das estruturas do Estado, visando atender às necessidades emergentes de uma sociedade em transformação.

Constituição de 1934

Constituição de 1934

Entre suas principais características, destacam-se:

Direitos trabalhistas: a nova Constituição incorporou avanços importantes no campo dos direitos trabalhistas, incluindo a jornada de trabalho de oito horas diárias, o descanso semanal remunerado, a proibição do trabalho infantil e a criação da Justiça do Trabalho.

Sufrágio universal: estabeleceu o voto secreto e universal, incluindo as mulheres, uma conquista histórica para os direitos civis e políticos no Brasil.

Organização do Estado: manteve o regime presidencialista, mas com um equilíbrio maior entre os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, reforçando o sistema de freios e contrapesos.

Educação: a Constituição de 1934 também destacou a importância da educação, promovendo a gratuidade e a obrigatoriedade do ensino primário.

Intervencionismo econômico: Prevê a intervenção do Estado na economia para promover o bem-estar social e o desenvolvimento econômico, refletindo uma tendência de maior regulação e controle estatal.

A promulgação da Constituição de 1934 teve um impacto profundo na sociedade brasileira, estabelecendo um novo paradigma de direitos e deveres e promovendo uma maior participação popular na vida política do país. Embora tenha tido uma vida curta, sendo substituída pela Constituição de 1937 durante o Estado Novo, seu legado perdurou, influenciando futuras constituições e o desenvolvimento democrático do Brasil.

 

1969 — Lançamento da missão espacial norte americana Apollo 11

O lançamento da Apollo 11, em 16 de julho de 1969, marcou um dos momentos mais emblemáticos da história da exploração espacial e da humanidade. Esta missão, conduzida pela NASA, foi a primeira a levar seres humanos à Lua, cumprindo a promessa do presidente John F. Kennedy de enviar um homem ao nosso satélite natural e trazê-lo de volta em segurança antes do final da década de 1960. O evento capturou a imaginação do mundo e representou um triunfo monumental da ciência e da tecnologia.

A década de 1960 foi marcada pela corrida espacial entre os Estados Unidos e a União Soviética, um dos muitos fronts da Guerra Fria. Após o sucesso do Sputnik e do voo de Yuri Gagarin, os EUA estavam determinados a recuperar a liderança na exploração espacial. A Apollo 11 foi a culminação de uma série de missões e anos de pesquisa e desenvolvimento intenso.

A missão Apollo 11 foi composta por três astronautas: Neil Armstrong, comandante da missão; Edwin “Buzz” Aldrin, piloto do módulo lunar; e Michael Collins, piloto do módulo de comando. O Saturn V, o maior foguete já construído, foi o veículo de lançamento utilizado para levar a Apollo 11 ao espaço.

Em 16 de julho de 1969, o Saturn V decolou do Centro Espacial Kennedy na Flórida. Após uma jornada de três dias, a Apollo 11 entrou na órbita lunar.

Alunissagem: em 20 de julho de 1969, Neil Armstrong e Buzz Aldrin desceram no módulo lunar “Eagle” até a superfície da Lua. Armstrong foi o primeiro a pisar na Lua, proferindo as palavras históricas: “Um pequeno passo para o homem, um grande salto para a humanidade.”

Exploração lunar: durante cerca de 2h30, Armstrong e Aldrin coletaram amostras de solo e rochas lunares, instalaram experimentos científicos e tiraram fotografias. Michael Collins permaneceu em órbita lunar no módulo de comando “Columbia”.

Retorno à Terra: após 21 horas na superfície lunar, os astronautas decolaram no módulo lunar e se reuniram com Collins no módulo de comando. A Apollo 11 retornou à Terra, pousando no Oceano Pacífico em 24 de julho de 1969.

O sucesso da missão Apollo 11 teve um impacto profundo em todo o mundo. Demonstrou a capacidade humana de realizar feitos extraordinários através da ciência e da tecnologia. Além disso, solidificou a liderança dos Estados Unidos na exploração espacial e inspirou gerações de cientistas, engenheiros e entusiastas do espaço.

A Apollo 11 também trouxe avanços significativos em diversas áreas, desde a tecnologia de computação até novos materiais e métodos de navegação. O legado da missão continua a ser celebrado, lembrando-nos do poder da cooperação internacional e da busca incessante pelo conhecimento.

 

Nascimentos

1911 Paulo Gracindo, ator (m. 1995)

Paulo Gracindo, nascido Pelópidas Guimarães Brandão Gracindo em 16 de julho de 1911, no Rio de Janeiro, foi um dos atores mais respeitados e admirados da televisão, do cinema e do teatro brasileiro. Sua carreira, marcada por papéis memoráveis e uma atuação carismática, deixou um legado duradouro na cultura nacional.

Gracindo iniciou sua trajetória artística no teatro, onde rapidamente se destacou por seu talento e versatilidade. Estreou em 1934 na peça “A Família Lero-Lero”, de Oduvaldo Viana. Seu trabalho no teatro lhe abriu as portas para o rádio, onde sua voz marcante e sua habilidade em interpretar diversos personagens o tornaram uma estrela.

O auge da carreira de Paulo Gracindo ocorreu com a chegada da televisão no Brasil. Ele se tornou um rosto familiar para milhões de brasileiros através de suas atuações em telenovelas e programas de TV. Entre seus papéis mais icônicos estão:

Odorico Paraguaçu: o prefeito de Sucupira na novela “O Bem-Amado” (1973) é talvez o personagem mais famoso de Gracindo. Com sua interpretação magistral, ele trouxe humor e crítica social, conquistando o público e marcando a história da teledramaturgia brasileira.

Coronel Ramiro Bastos: em “Gabriela” (1975), baseada na obra de Jorge Amado, Gracindo deu vida ao poderoso e temido coronel, demonstrando sua capacidade de interpretar figuras complexas e imponentes.

Senhor Malta: na novela “Roque Santeiro” (1985-1986), interpretou o influente e inescrupuloso coronel Sinhozinho Malta, ao lado de Lima Duarte e Regina Duarte, em uma trama que se tornou um clássico da TV brasileira.

Paulo Gracindo também deixou sua marca no cinema, participando de diversos filmes importantes. Entre seus trabalhos cinematográficos mais notáveis estão “O Assalto ao Trem Pagador” (1962) e “Dona Flor e Seus Dois Maridos” (1976). Sua versatilidade permitiu-lhe transitar entre comédia, drama e outros gêneros, sempre com atuações marcantes.

Paulo Gracindo faleceu em 4 de setembro de 1995, mas seu legado continua vivo. Ele foi homenageado com inúmeros prêmios ao longo de sua carreira, incluindo o Troféu Imprensa e o Prêmio Molière. Seu impacto na cultura brasileira é imensurável, e suas performances são lembradas com carinho e admiração.

Sua influência pode ser vista nas gerações de atores que o seguiram, muitos dos quais o consideram uma inspiração e um modelo a ser seguido. Além disso, sua capacidade de se conectar com o público e de dar vida a personagens inesquecíveis garantiu-lhe um lugar permanente no panteão dos grandes atores brasileiros.

Paulo Gracindo / 16 de julho / Crédito: Reprodução

Paulo Gracindo / 16 de julho / Crédito: Reprodução

 

Falecimentos

2015 Alcides Ghiggia, jogador de futebol e treinador uruguaio (n. 1926)

Alcides Edgardo Ghiggia, nascido em 22 de dezembro de 1926, em Montevidéu, Uruguai, é um dos nomes mais lembrados na história do futebol mundial. Sua carreira, marcada por um momento singular e decisivo, fez dele uma lenda no esporte. Ghiggia foi o protagonista do “Maracanazo”, a histórica final da Copa do Mundo de 1950, onde seu gol deu ao Uruguai uma vitória inesperada contra o Brasil, em pleno Maracanã.

Ghiggia começou sua trajetória no futebol jogando pelo Club Atlético Peñarol, uma das equipes mais tradicionais do Uruguai. Sua habilidade como ponta-direita rapidamente chamou a atenção, e ele se destacou por sua velocidade, dribles precisos e capacidade de finalização.

A Copa do Mundo de 1950 foi um marco na história do futebol. Realizada no Brasil, o torneio foi o primeiro após a Segunda Guerra Mundial e teve um formato único, com uma fase final disputada em formato de grupo. O Brasil era o grande favorito, especialmente após uma campanha impressionante nas fases anteriores, onde goleou equipes como Suécia e Espanha.

A partida decisiva, disputada em 16 de julho de 1950, colocou frente a frente Brasil e Uruguai. Um empate seria suficiente para o Brasil conquistar o título. O Maracanã estava lotado com cerca de 200 mil torcedores, todos confiantes na vitória brasileira.

O Brasil saiu na frente com um gol de Friaça, mas o Uruguai empatou com Juan Alberto Schiaffino. Aos 34 minutos do segundo tempo, Alcides Ghiggia driblou o lateral Bigode e chutou rasteiro, vencendo o goleiro Barbosa. O gol silenciou o Maracanã e deu ao Uruguai a vitória por 2 a 1, assegurando seu segundo título mundial.

O gol de Ghiggia é lembrado como um dos momentos mais dramáticos e significativos da história do futebol. Ele próprio disse: “Somente três pessoas calaram o Maracanã: o Papa, Frank Sinatra e eu.” A vitória do Uruguai é celebrada como um exemplo de superação e determinação.

Após o histórico triunfo, Ghiggia continuou a brilhar no futebol. Jogou na Itália pelo Roma e Milan, onde também deixou sua marca com atuações memoráveis. Ele retornou ao Uruguai e encerrou sua carreira no Danubio.

Alcides Ghiggia foi amplamente reconhecido por suas contribuições ao futebol. Em 1994, ele foi incluído na seleção dos maiores jogadores uruguaios de todos os tempos. Em 2009, foi convidado especial na final da Copa Libertadores, onde recebeu homenagens por seu legado.

Ghiggia faleceu em 16 de julho de 2015, exatamente 65 anos após o Maracanazo, mas sua memória permanece viva entre os fãs de futebol. Seu gol é lembrado não apenas como um feito esportivo, mas como um símbolo da paixão e imprevisibilidade do futebol.

Alcides Ghiggia / 16 de julho / Crédito: Reprodução

Alcides Ghiggia / 16 de julho / Crédito: Reprodução

 

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