Rivastigmina: Parkinson terá medicamento no SUS

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Rivastigmina: Parkinson terá medicamento no SUS
COLUNAS
22 de junho de 2024 - Rivastigmina x Parkinson

O Ministério da Saúde publicou uma portaria que oficializa a incorporação da Rivastigmina no Sistema Único de Saúde (SUS) tendo relação com o tratamento contra a Doença de Parkinson. Este medicamento – Rivastigmina – é atualmente o único registrado no Brasil com indicação em bula para o tratamento de pacientes com Parkinson associada à demência. A decisão foi baseada na recomendação favorável da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), que avaliou a eficácia do tratamento no controle dos sintomas cognitivos da doença.

Rivastigmina: o Impacto da demência associada ao Parkinson

Cerca de 30% das pessoas diagnosticadas com Parkinson desenvolvem demência associada, uma condição que até o momento não contava com tratamento medicamentoso disponível no SUS. A demência relacionada ao Parkinson provoca lentidão cognitiva, déficits de atenção e memória, além de alucinações, delírios e apatia. Estes sintomas afetam significativamente a qualidade de vida dos pacientes e representam um desafio adicional para seus cuidadores e familiares.

Carlos Gadelha, secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Complexo da Saúde do Ministério da Saúde, destacou a importância dessa incorporação (Rivastigmina). “Sabemos que o envelhecimento da nossa população já é uma realidade. A doença de Parkinson não tem cura e tem afetado parcela significativa de brasileiros. Essas pessoas, seus familiares e cuidadores precisam contar com o SUS para terem acesso a tratamentos que propiciem uma vida melhor”, enfatizou sobre a Rivastigmina.

Rivastigmina x Parkinson

Rivastigmina x Parkinson

Doença de Parkinson x Rivastigmina: um desafio crescente

O Parkinson é a segunda doença neurodegenerativa mais comum no mundo, superada apenas pela doença de Alzheimer. Estima-se que entre 100 e 200 indivíduos a cada 100 mil pessoas com mais de 40 anos sejam afetados pela doença de Parkinson, com a prevalência aumentando significativamente após os 60 anos.

Tratamentos disponíveis no SUS

O Sistema Único de Saúde já oferece uma variedade de tratamentos para pessoas com doença de Parkinson, incluindo terapias medicamentosas, fisioterapia, implantes de eletrodos e geradores de pulsos para estimulação cerebral. Esses tratamentos visam principalmente deter a progressão da doença e aliviar os sintomas, melhorando assim a qualidade de vida dos pacientes.

A adição da rivastigmina ao arsenal de tratamentos do SUS representa um avanço significativo, especialmente para aqueles pacientes que desenvolvem demência associada ao Parkinson. A rivastigmina é conhecida por sua eficácia no tratamento dos sintomas cognitivos, ajudando a melhorar a função cerebral e a capacidade de realizar atividades diárias.

Benefícios da Rivastigmina

A rivastigmina atua como um inibidor da acetilcolinesterase, aumentando os níveis de acetilcolina no cérebro, um neurotransmissor essencial para a memória e outras funções cognitivas. Estudos demonstram que a rivastigmina pode reduzir a gravidade dos sintomas de demência, proporcionando uma melhora na qualidade de vida dos pacientes e aliviando a carga sobre os cuidadores.

Parkinson x Rivastigmina / Crédito: Rafa Neddermeywe

Parkinson x Rivastigmina / Crédito: Rafa Neddermeywe

Importância da Incorporação no SUS

A inclusão da rivastigmina no SUS é uma resposta às necessidades de uma população em envelhecimento que enfrenta desafios crescentes relacionados a doenças neurodegenerativas. Com o aumento da expectativa de vida, mais pessoas serão diagnosticadas com condições como o Parkinson, tornando crucial o acesso a tratamentos eficazes e acessíveis.

O acesso gratuito à rivastigmina pelo SUS representa um passo importante na direção de um cuidado mais abrangente e humanizado para pacientes com Parkinson. A medida não apenas beneficia os pacientes, mas também contribui para a saúde pública, reduzindo potenciais complicações e a necessidade de cuidados mais intensivos no futuro.

Perspectivas Futuras

O Ministério da Saúde continua a avaliar e incorporar novas tecnologias e medicamentos que possam melhorar a saúde e a qualidade de vida dos brasileiros. A inclusão da rivastigmina no SUS é um exemplo de como as políticas de saúde pública podem evoluir para atender melhor as necessidades da população.

Com a rivastigmina agora disponível no SUS, espera-se que mais pacientes com Parkinson e demência recebam o tratamento necessário para gerir seus sintomas de forma mais eficaz. Este avanço sublinha a importância de um sistema de saúde pública que se adapta e responde às necessidades de seus cidadãos, garantindo que todos tenham acesso a tratamentos inovadores e essenciais.

A incorporação da rivastigmina no Sistema Único de Saúde representa um avanço significativo no tratamento da demência associada ao Parkinson no Brasil. Esta medida demonstra o compromisso do Ministério da Saúde em melhorar a qualidade de vida dos brasileiros, especialmente daqueles que convivem com doenças neurodegenerativas. Com a rivastigmina agora disponível no SUS, milhares de pacientes terão acesso a um tratamento que pode fazer uma diferença real em suas vidas, proporcionando-lhes uma chance de viver com mais dignidade e menos sofrimento.