A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (5), a Operação Ossos de Vinha. A ofensiva buscou desarticular um esquema de venda de produtos importados sem declarações e tributações, comercializados em plataformas digitais. Ao todos, os agentes cumpriram seis mandados de busca e apreensão nos municípios de Muçum (três), Guaporé (1), Jaguarão (um) e Gravatal – Santa Catarina – (1), além de medidas cautelares substitutivas da prisão preventiva, decretos judiciais de arresto/sequestro de veículos e imóveis e o bloqueio de valores depositados em contas dos investigados e de empresas.
A operação iniciou ainda em outubro de 2021, após a apreensão de uma carga de bebidas na BR 471, no trecho de Pantano Grande. De acordo com diligências realizadas, o grupo criminoso era responsável pela internalização e comercialização de bebidas e de outros produtos de origem estrangeira, trazidos da Argentina e do Uruguai.
Na sequência, as mercadorias eram enviadas a compradores estabelecidos em grandes centros comerciais, que compravam os produtos, em especial, usando plataformas digitais.
Uma empresa de fachada era usada para movimentação bancária, incluindo também emissão das notas fiscais ideologicamente falsas.
O esquema contava com uma parceria entre líderes da quadrilha e um free shop em Rio Branco (Uruguai), baseada na troca de vinhos trazidos irregularmente da Argentina por bebidas destiladas, com o proprietário do estabelecimento comercial no Uruguai.
Os suspeitos devem responder pelos crimes de descaminho, associação criminosa e lavagem de capitais.
Mais detalhes não foram divulgados pelos órgãos de segurança.
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