O ataque de uma quadrilha a uma agência bancária no município de Amaral Ferrador mobiliza forças policiais do Estado nesta quarta-feira (7). Os bandidos fizeram reféns e pelo menos 10 pessoas foram obrigadas a formar um cordão humano em frente à unidade do Banrisul, no centro da pequena cidade de cerca de 5,3 mil habitantes.
A investida dos bandidos aconteceu por volta das 10h. Até as 13h, a informação era de que ninguém havia sido preso. Policiais do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) deslocaram-se de Porto Alegre à região para acompanhar o caso.
As informações preliminares da Polícia Civil e da Brigada Militar dão conta de que quatro assaltantes participaram do ataque ao banco, localizado na Praça 4 de Maio. A quadrilha estava com armas longas e pistolas. Após a ação, os bandidos fugiram com quatro reféns numa EcoSport branca.
Às 13h, os reféns já haviam sido libertados e os assaltantes se embrenharam numa área de mata já no município de Encruzilhada do Sul. A Brigada Militar faz um cerco reforçado na região com equipes do Batalhão de Aviação, do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e do Choque. A previsão é de que o Bope ingresse na mata com um helicóptero, na localidade de Assentamento Padre Réus.
QUADRILHA DEU TIROS PARA INTIMIDAR MORADORES
Em entrevista há pouco à Rádio Gaúcha, o prefeito de Amaral Ferrador, Nataniel Satiro do Val Candia, afirmou que os criminosos deram cerca de cinco tiros para intimidar os moradores das imediações do banco e fazer reféns pedestres que passavam pelo local.
“Foram mais de 20 pessoas (feitas reféns), entre as que foram colocadas no cordão e outras dentro do banco. Os reféns levados foram o gerente e o caixa do banco”, revelou o prefeito.
EM 15 ANOS, A MESMA AGÊNCIA DO BANRISUL SOFREU OITO ATAQUES DE QUADRILHAS
Desde 2009, o município de Amaral Ferrador já foi alvo de pelo menos oito ataques de quadrilhas. O mais recente havia sido em 13 de maio de 2022. Na ocasião, a agência do Banrisul foi atacada. Com fuzis, os bandidos renderam clientes e obrigaram reféns a formarem um cordão humano. Um carro Fit foi incendiado em frente à agência.
Em 31 de maio de 2021, ladrões fizeram um cordão humano com reféns, utilizaram automóveis para bloquear a rua, dificultando o acesso da polícia e fugiram em direção à Encruzilhada do Sul.
Ataques semelhantes à mesma agência, nesses mesmos moldes, também foram registrados em março de 2018, agosto de 2017, julho de 2014 e outros dois em 2009.