Não dá para negar que há profissões em que o número de homens é muito maior do que o de mulheres – motivo pelo qual, cria-se, inclusive, preconceito em relação a mulheres que exercem tais atividades.
Quando se fala em encanador, eletricista, pintor, motorista de máquinas pesadas e caminhões, pedreiro, mecânico, funileiro e chaveiro, por exemplo, a primeira imagem que vem à mente é a de um homem.
Há, no entanto, outras áreas de conhecimento e atividades em que as mulheres estão conquistando cada vez mais espaço, e, em alguns casos, dominando o mercado, criando o efeito oposto ao que acontece nas profissões “de homem”.
Abaixo, algumas delas são listadas, a fim de ajudar a inspirar ainda mais o mulherio a tomar conta desses espaços:
1 – Moda
Embora possa parecer que a área de design de moda não seja tão explorada no Brasil, especialmente pelo movimento de importação da China que vem ocorrendo nos últimos anos, a verdade é que há muito espaço para quem deseja trabalhar com moda aqui no País.
Muito além do que ditar se a tendência da temporada será a combinação de sapato e bolsa verde, ou se o estilo de roupas da próxima estação será retrô ou futurista, os profissionais de moda da atualidade estão preocupados com questões infinitamente maiores.
A criação de tecidos biodegradáveis, a diminuição de uso de água para a produção de roupas, a luta contra o trabalho análogo à escravidão na produção de peças, as políticas de importação e exportação, as questões culturais que envolvem uso ou não uso de matérias primas de proveniência animal, e muitos outros aspectos que estão muito distantes dos estereótipos relacionados ao curso de moda, que, muitas vezes, é visto como algo apenas relacionado à estética, são algumas das preocupações fundamentais relacionadas ao estudo e ao exercício de profissões ligadas à moda, e as mulheres, através delas, estão construindo uma forma melhor de relacionar a existência humana com o meio ambiente e a sociedade, como um todo.
2 – Administração
Uma das profissões mais dinâmicas do mercado, a administração sempre foi uma área monopolizada pelos homens.
Quem administra é quem comanda, ordena e organiza processos, pessoas e resultados. A mulher por muito tempo foi vista como auxiliadora e suporte para decisões masculinas, mas tem estado cada vez mais presente no topo da cadeia, tomando decisões e comandando times de todos os portes.
As possibilidades para colocação no mercado de trabalho são infinitas… é possível trabalhar na administração de uma agência de marketing digital ou de uma rede de franquias, trabalhar presencialmente ou digitalmente, administrar funcionários que sejam parte do corpo da empresa ou de freelancers que prestem serviços esporádicos para atender demandas específicas.
Quem deseja abrir portas em diversos segmentos, sem precisar se preocupar tanto com o sexismo, pode encontrar no curso, de 4 anos, uma boa oportunidade para se encaixar no mercado de trabalho formal, ou, para adquirir competências para abrir o próprio negócio.
3 – Contabilidade
Embora haja muito mais homens do que mulheres trabalhando na área de exatas, quando o assunto é contabilidade, o mercado está cada vez mais igualitário.
Em 2019, 42,79% dos contadores do Brasil eram compostos mulheres.
Mais do que trabalhar com sistemas como o emissor de nota fiscal eletrônica (nf-e) 4.01 ou se comprometer com os cuidados relativos à folha de pagamento do quadro de funcionários das empresas, os contadores de hoje precisam estar atualizados e envolvidos com as novidades do mundo financeiro.
Pagamentos e recebimentos por Pix, Drex, criptomoedas, cashback e vários outros tipos de transações precisam estar no rol de habilidades e conhecimentos dos contadores que atuam no mercado, e isso fez com que muita gente nova ganhasse espaço.
Nessa “nova leva” de profissionais, há cada dia mais mulheres, e suas habilidades sociais ajudam os empreendedores e empresários a se sentirem mais seguros e confiantes sobre o controle de suas questões contábeis, abrindo cada vez mais portas para o público feminino atuar nesta área.
4 – Psicologia
Área monopolizada pelas mulheres (89% dos psicólogos do Brasil, segundo dados do Conselho Federal de Psicologia), a psicologia tem como fundamento o auxílio à saúde emocional e mental.
O psicólogo pode fazer com que um paciente obtenha uma qualidade de vida muito melhor, aprendendo a lidar consigo mesmo, com as outras pessoas, e com as situações complexas do dia a dia.
5 – Arquitetura
Atualmente, as arquitetas representam mais de 60% dos profissionais dessa área em nosso país.
No entanto, elas não ocupam tantos cargos de liderança na profissão como seria desejado.
Mesmo assim, a arquitetura continua sendo uma das carreiras mais escolhidas por mulheres.
O curso de Arquitetura e Urbanismo é composto por disciplinas fundamentais, como Desenho Artístico e Técnico, Gestão de Projetos, História da Arquitetura, Análise e Gestão Ambiental, Urbanismo e Infraestrutura, e Planejamento Urbano, entre outras matérias.
Em geral, a graduação tem a duração de quatro anos e pode ser cursada de forma presencial ou à distância.
6 – Nutrição
Muita gente pode não saber, mas mais de 90% dos profissionais da área de nutrição são mulheres.
A profissão não ajuda apenas quem quer se sentir todo dia mais leve, mas é essencial no salvamento de vidas de pessoas idosas, diabéticas, hipertensas, bebês prematuros e pessoas com quaisquer tipos de comorbidade, que necessitem de alimentação especial.
O nutricionista muitas vezes é confundido com um chefe de cozinha ou cozinheiro, mas, embora possa trabalhar em restaurantes e estabelecimentos comerciais, não é apenas essa sua área de trabalho.
É possível prestar serviços em clínicas, hospitais, escolas, centros estéticos, SPAs, indústrias, e em diversos outros estabelecimentos, além da possibilidade de atender pessoas de forma particular.
7 – Pedagogia
Mais de 80% dos pedagogos do Brasil são mulheres, e isso não significa que todas elas sejam professoras.
Quem se forma na área pode trabalhar em creches, pré-escolas e escolas regulares, não apenas lecionando, mas coordenando, supervisionando, dirigindo, prestando suporte a pais e alunos, bem como atuando também em parceria com psicólogos, psiquiatras e clínicas de cuidados infantis.
