Os primeiros quatro dias da 38ª Oktoberfest e Feirasul 2023, de 5 a 8, registraram um grande público no parque e na cidade. Desde a abertura, na quinta-feira, até a tarde de domingo, a Associação de Entidades Empresariais de Santa Cruz do Sul (Assemp), parceira do Município na realização do evento, estima um público aproximado de 100 mil pessoas, considerando a abertura, com entrada gratuita, o show nacional com Ana Castela, na noite de sábado, e o primeiro desfile temático na manhã deste domingo. “Estamos muito felizes com os primeiros dias de festa e com a receptividade do público. É gratificante, após meses de muito trabalho e dedicação de uma grande equipe de voluntários, ver o parque lotado e proporcionando experiências únicas para os nossos visitantes”, destacou o presidente da Assemp, Ricardo Bartz.
Evidenciar a música, a dança e a gastronomia típicas sempre foram propósitos da Oktoberfest, que segue de 11 a 15 e 19 a 22 de outubro. Em sua 38ª edição, da Festa da Alegria possui sete palcos (Pórtico, Pavilhão Central, Tenda das Cervejarias, Oktober Garten, Villa Oktober, Lonão e Poliesportivo Coca-Cola), totalizando mais de 500 horas de música. “Nosso visitante tem muitas opções de diversão, aliada à farta gastronomia, desde a comida típica, café colonial até os lanches rápidos, em 36 pontos espalhados pelo parque”, enfatiza o presidente da festa, João Goerck.
Ao acessar o Parque da Oktoberfest, o público visitante é recepcionado com música e dança, no Palco da Mostra Cultural. Durante toda a festa, o espaço vai receber apresentações de danças folclóricas e de bandinhas típicas. No primeiro sábado, dezenas de apresentações de danças típicas ocorreram no local, com grupos de todas as categorias do Centro Cultural 25 de Julho e da Sociedade Cultural e Folclórica Oktobertanz, além da participação de visitantes de Westfália (Wesfalische Tanzgruppe); de Lajeado (Fruhlingstanz da Escola Dom Pedro I); de Estrela (Estrela Master); Venâncio Aires (Frey Und Froh); de Arroio do Meio (Helmuth Kuhn Semi Oficial); Dois Irmãos (Sonnenblume); Restinga Seca (Jugendfrend); e de Santa Maria (Immer Lustig).
Ana Castela – O primeiro show nacional da 38ª Oktoberfest, realizado na noite de sábado, teve ingressos esgotados e lotou a Arena de Shows para ver a jovem “boiadeira” Ana Castela. Ela subiu ao palco às 23 horas e durante uma 1h30 embalou o público, que cantou junto os maiores sucessos da artista, que a tornaram um fenômeno da música brasileira, aos 19 anos. Destaque para a presença do público infantil, que além de conhecer as músicas, ainda se inspira nos figurinos usados por Ana Castela.
Olimpíada – A tarde nublada de domingo não tirou o brilho da primeira fase classificatória da Olimpíada Rural, realizada junto ao palco do Pórtico, com a participação dos clubes São José de Rincão do Sobrado, Linha Nova, Guarani, Linha Santa Cruz e Pinheiral, integrantes da Liga de Integração do Futebol Amador de Santa Cruz do Sul (Lifasc). As disputas, nas modalidades de Bolão de Mesa, Bolão Bola Presa, Serrar Lenha, Corrida do Tamanco, Cabo de Guerra, Carrinho de Mão e Corrida da Colher, buscam resgatar os jogos que eram realizados pelos antepassados e que até os dias de hoje são preservados no interior de Santa Cruz do Sul A segunda etapa ocorre no domingo, 15, com as disputas entre Juventude, Rio Pardinho, Aliança, João Alves e São José de Monte Alverne. A grande final, com os classificados de cada etapa, acontece no domingo, 22 de outubro, último dia da 38ª Oktoberfest.
Primeiro Desfile Temático da 38ª Oktoberfest
reúne público de 40 mil pessoas no centro da cidade
Inspirado na temática “Nossa História, Nosso Futuro”, o primeiro Desfile Temático da 38ª Oktoberfest de Santa Cruz do Sul promoveu na manhã deste domingo, 8, um festival de cores, alegria e emoções na Rua Marechal Floriano. Cerca de 40 mil pessoas se reuniram para assistir à apresentação de aproximadamente cinco mil figurantes, entre atores, colaboradores das empresas patrocinadoras, entidades empresariais, sociais e de serviços, divididos em 49 alas e nove carros alegóricos. Os próximos desfiles ocorrem dias 15 e 22 de outubro, às 10h30.
Conforme o coordenador dos desfiles, Wanderlei Machado, todos os envolvidos no desfile entregaram o melhor ao público. “Estávamos apreensivos com a previsão do tempo e quando confirmamos o desfile, todos se empenharam ao máximo”, afirmou o coordenador. No seu entendimento, o desfile foi compacto, harmonioso, divertido e colorido. “Víamos nos rostos dos participantes a sensação de pertencimento, alegria de fazer parte deste momento. Estamos cansados, mas de alma lavada, tudo foi correspondido e o público aplaudiu”. Wanderlei destacou que o próximo desfile será no mesmo padrão. “Santa Cruz do Sul, a Oktoberfest e o público merecem um grande espetáculo”, complementou.
A ala das recepcionistas da Festa da Alegria, acompanhadas pelos acordes da Banda Munich, abriu o desfile. Após, foi a vez da Coordenação Executiva da Oktoberfest descer a rua. O grupo, responsável pela organização do evento, foi liderado pelo presidente da Associação de Entidades Empresariais de Santa Cruz do Sul (Assemp), Ricardo Bartz, pelo presidente da 38ª Oktoberfest, João Goerck, e seu vice, Luciano Menezes, além de coordenadores da festa, diretores e colaboradores da Assemp.
Depois foi a vez do Fubica do Fritz, que trouxe a prefeita de Santa Cruz do Sul, Helena Hermany, e suas netas. A comissão de frente, formada por um grupo de nove atores da Jef’s Stúdio de Danças, veio em seguida com uma coreografia representando os primeiros imigrantes na chegada à terra de Santa Cruz. O primeiro carro alegórico – Habitar – fez alusão ao pórtico do Parque da Oktoberfest, trouxe os bonecos símbolos da festa e representou o castelo da Família Fritz, remetendo ao desejo dos imigrantes germânicos de ter a primeira casa.
As soberanas da 38ª Oktoberfest, rainha Camila Eduarda Schaefer e as princesas Daniela Schoeninger e Marília Fischer, vieram no carro 2 – Cultivar -, que retratou um despertar como exemplo do desabrochar das flores em sua estação de primavera, construindo um novo ciclo e novos caminhos. Em seguida, as soberanas das edições anteriores deram sua contribuição para alegrar, embelezar, colorir e emocionar a Festa da Alegria ao lado dos seus filhos.
As danças tradicionais germânicas, os kerbs, as quermesses das comunidades e sociedades foram representadas no carro 3 – Dançar – combinando com o romantismo que a dança proporciona e a celebração de mais uma Oktoberfest. No carro 4 – Conviver – foi retratada a miscigenação entre os primeiros imigrantes germânicos e muitas outras etnias que se associaram depois e contribuíram com trabalho e convívio na colonização alemã em terras conquistadas.
Os imigrantes germânicos trouxeram em sua bagagem o amor ao trabalho, o aconchego familiar e social, a cultura e também a fé, edificando igrejas para agradecer as dádivas recebidas na terra que os acolhera e também pela harmonia com as demais etnias aqui presentes. O carro 5 – Crer – mostrou as crenças nas diversas etnias e seus simbolismos, originando sempre o mesmo objetivo: a fé. A Catedral de São João Batista, maior edificação em estilo neogótico da América Latina, foi destaque nesta alegoria.
O carro 6 – Prosperar – mostrou a organização dos imigrantes que aqui chegaram, caracterizando-se pela ocupação de pequenos lotes de terras, compatíveis para a produção da subsistência e para a comercialização. Já o carro 7 – Saborear – representou a culinária germânica, passada de geração a geração, sendo um dos mais marcantes traços herdados: a produção das tradicionais e saborosas cucas alemãs, sempre presente nas festas, encontros e reuniões familiares. Durante o desfile, a delícias foram distribuídas em pedaços ao público.
O carro 8 – Progredir – representou o trem como veículo de transporte que desencadeou o progresso desde 1905, ligando os longínquos povoados. O carro 9 – Degustar – apresentou os imigrantes germânicos como um povo muito dedicado ao trabalho, mas que cuidava da sua vida social e cultural, nos encontros de sociedades, nas atividades sociais, comunitárias e nos diversos eventos esportivos, celebrando com bandinhas e dança, sempre acompanhados de um bom chope.
CARROS – De acordo com o diretor artístico dos desfiles, Sérgio Ávila, os carros alegóricos, principais atrações do Desfile Temático, foram construídos a partir da temática inspirada nos verbos habitar, cultivar, dançar, conviver, crer, prosperar, saborear, progredir e degustar. “Cada alegoria estava repleta de simbolismos, com a representação das pessoas, suas crenças, sua alegria, dança, fé, e algumas novidades, como esculturas que abrilhantaram os carros”, explica.
