O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) informa que haverá restrição de trânsito de veículos acima de 18 toneladas na Ponte do Fandango, na BR-153, em Cachoeira do Sul. A partir desta quarta-feira (9), todo o fluxo sobre a ponte vai operar no sistema de PARE e SIGA em uma faixa exclusiva de 3,5 metros na parte central da estrutura. A medida foi tomada após conclusão do Laudo Técnico de Revisão Estrutural.
O documento aponta que “o viaduto de acesso à Ponte do Fandango tem capacidade de suportar veículos leves e caminhões de até 18 toneladas, no sistema de Pare/Siga, em uma única faixa e alternando os sentidos de tráfego”. Todo o segmento receberá reforço na sinalização orientando os usuários sobre a alternância de fluxo no trânsito e sobre a restrição.
Os veículos acima de 18 toneladas poderão utilizar as seguintes rotas alternativas para desvio:
– Sentido Porto Alegre/Cachoeira do Sul: Pela BR-290/RS ir até a BR-471/RS, em Rio Pardo, depois em Santa Cruz do Sul seguir pela RST-287 até Novo Cabrais acessando a BR-153/RS.
– Cachoeira do Sul – Fronteira Oeste: Sair pela BR-153/RS, seguir até RST-287 em Novo Cabrais e em Santa Maria pegar a BR-158/RS e retornar à BR-290/RS em Rosário do Sul.
– Cachoeira do Sul – Porto de Rio Grande: Quem sai de Cachoeira do Sul e vai para o Porto de Rio Grande deve ir até Santa Maria e pegar a BR-392/RS.
ATENÇÃO
Antes da decisão do DNIT de implantar o sistema Pare/Siga, estava liberada a passagem de veículos de até 24 toneladas. O órgão informa que um laudo apontou restrições no trânsito, enquanto não é elaborado um projeto de reforma da Ponte do Fandango. Esta não é a primeira vez que o Pare/Siga é implantado.
LONGA ESPERA
A Ponte do Fandango, em Cachoeira do Sul, ainda permanece à espera de uma solução para a tão aguardada reforma de sua estrutura, que em outubro de 2021 apresentou sinais de fragilidade.
Desde que uma rachadura foi localizada na estrutura que dá acesso ao vão central, o resumo do contexto é só promessa. Uma delas é de que será construída uma nova ponte, mas isto depende da elaboração de um projeto e a abertura do processo de licitação, o que até agora não aconteceu, mas existe uma promessa do DNIT que no final deste mês haverá novidades.
Com relação a este contexto já aconteceu de tudo: interdição completa da Ponte do Fandango, implantação de um suporte de concreto na viga com rachadura, liberação em meia pista, liberação em duas pistas e depois passagem também para veículos de até 24 toneladas, promessa da construção de uma nova ponte, além da implantação de um serviço de balsa para travessia de veículos pesados no Rio Jacuí entre a Praia Nova e a Rua Moron.
A comunidade cobra a construção de uma nova estrutura de ponte. A atual é antiga, foi construída em 1960, e desde então não teve manutenção. O que foi feito até agora pelo DNIT, órgão responsável por pontes e rodovias, foi a recuperação há algum tempo do vão central – sobre o Rio Jacuí – num investimento de cerca de R$ 10 milhões mas o restante da estrutura não recebeu a devida atenção.
PONTE DO FANDANGO DEPENDE MOBILIZAÇÃO
Em outubro próximo vai completar dois anos de espera por uma ação concreta com relação à Ponte do Fandango. Viagens a Brasília foram feitas, audiências foram realizadas, a Prefeitura pressionou o DNIT, assumiu o risco de liberar a passagem de veículos de até 24 toneladas pela Ponte, empresas do setor de transporte – principalmente as arrozeiras – protestaram e a resposta sempre foi a mesma: uma nova ponte será construída.
Além disso, até ação na Justiça tramita na tentativa de agilizar o processo. Existe expectativa de que neste segundo semestre seja elaborado o projeto de reforma. No mês passado, o DNIT desafogou a Prefeitura do controle de passagens de veículos pesados pela Ponte. A instituição assumiu esta tarefa à noite aos finais de semana. Os veículos acima de 24 toneladas precisam utilizar a Balsa Deus do Jacuí, que faz a travessia entre a Praia Nova e a Rua Moron. Só que esta passagem tem custo para empresas e caminhoneiros.
NA LINHA DO TEMPO
– 29 de outubro de 2021. 22h. A data e o horário estão na história da Ponte do Fandango, porque foi quando ela foi interditada. Quem tomou a decisão? A Defesa Civil de Cachoeira do Sul alertada para um desnível no leito por caminhoneiros. No dia seguinte – um sábado – técnicos do DNIT, Polícia Rodoviária Federal, representantes da Prefeitura constataram a gravidade do problema.
A solução emergencial encontrada foi a construção de um suporte de concreto embaixo da viga que estava com rachadura. Mas isto demorou. Somente em meados de novembro de 2021, o DNIT iniciou a obra.
Neste meio tempo, sair ou chegar a Cachoeira do Sul ficou um caos. Rotas alternativas surgiram como a RST-287 que dava acesso a Rio Pardo/Pantano Grande/BR-290/Porto Alegre. Também neste período, surgiu a solução de um serviço de balsa no Rio Jacuí, entre a Praia Nova e a Rua Moron, que demorou para entrar em operação, mas que permanece até os dias de hoje.