A equipe de resposta da Superintendência de Proteção e Defesa Civil de Cachoeira do Sul está encerrando nesta semana os trabalhos de campo em apoio à cidade de Caraá nas ações de resposta ao ciclone extratropical, que causou 16 mortes, deixou 3,2 mil pessoas desabrigadas e afetou mais de 2 milhões de habitantes na região metropolitana e no litoral.
Na mesma data, a equipe de Cachoeira do Sul deveria estar em outro cenário, pois foi convidada pela Defesa Civil Estadual para apresentar o caso de Cachoeira do Sul em Defesa Civil para 60 municípios da Região das Missões.
O município de Caraá foi um dos mais afetados. Possui aproximadamente 8 mil habitantes e teve 180 pessoas desabrigadas e registrou 5 óbitos. A cidade recebeu apoio de uma rede composta por prefeituras municipais, empresas, entidades, voluntários e grupos técnicos de Defesa Civil municipais, estaduais e nacionais.
A força de resposta contou com órgãos de segurança, como o Corpo de Bombeiros, a Brigada Militar, o IGP, o Batalhão de Aviação da Brigada Militar, o Exército Brasileiro, a Força Aérea Brasileira e a Defesa Civil.
A equipe de Cachoeira do Sul atuou em diferentes frentes de trabalho, técnica e operacional. Edson Júnior, superintendente de Cachoeira do Sul, atuou junto ao prédio da Prefeitura Municipal em apoio à Defesa Civil do município e a todas as Secretarias Municipais na elaboração dos laudos e formulários. José Antônio Terra Júnior, coordenador operacional de Cachoeira do Sul, atuou em apoio aos moradores, no isolamento de áreas e no atendimento da população. A coordenadora de Saúde, Simone Netto Mônego, atuou no prédio da Secretaria de Saúde na avaliação de prejuízos e na elaboração de relatórios da pasta.
O município de Caraá conta com três estabelecimentos de saúde, sendo que, das duas unidades de saúde, uma delas foi totalmente danificada pelas águas, com perda integral de móveis, equipamentos, insumos de saúde e prontuários físicos de pacientes.
O imóvel que abriga a unidade móvel de atendimento, farmácia de especializados e zoonoses também sofreu perda integral e colapso de estrutura. Apenas uma estrutura física permaneceu sem danos e nela foram centralizados todos os outros serviços. A equipe de Cachoeira do Sul deslocou-se para o local para auxiliar na remoção de entulhos e levantamento dos danos e prejuízos, visando restabelecer o serviço com a maior brevidade, pois, em situações como esta, esses pontos sensíveis são fundamentais para atender o básico no que diz respeito à saúde da população afetada.
A cidade foi extremamente danificada e as equipes buscam criar caminhos até comunidades isoladas por pontes destruídas, restabelecer serviços de energia elétrica e abastecimento de água potável, que ocorre por meio de caminhão-pipa. Muitas famílias isoladas estão sendo abastecidas por aeronaves.
Antes do retorno, a equipe teve um encontro com a Secretária Estadual de Saúde, Arita Bergmann, que discutiu a recorrência dos desastres e a preparação dos órgãos de saúde, convidando a enfermeira Simone Neto Mônego para compor um grupo de discussão e preparação dos municípios para o enfrentamento de desastres.
A equipe de Cachoeira do Sul continuará prestando apoio remoto à cidade de Caraá e destaca que o evento permitiu uma grande evolução dos profissionais cachoeirenses, que utilizarão as vivências deste desastre para aprimorar e qualificar seu planejamento e planos de contingência em nível local.
