Crédito: OC/Arte/Reprodução
“Mãe, preciso efetuar um pagamento mas a minha senha eletrônica não está cadastrada neste celular”. A frase faz parte de um contato feito por um golpista para a mãe de uma moradora de Cerro Branco. Fingindo ser a filha da mulher – que também mora em Cerro Branco, o estelionatário começa dizendo para a sua mãe anotar o que seria seu novo número de telefone. Logo depois, pede ajudar para o falso pagamento. “Chego em casa do serviço e quase caio em um golpe”, comenta a vítima que recebeu a mensagem via WhatsApp no começo da noite de terça-feira. “Sorte minha que não sei fazer Pix”, completa.
Na sequência, a mulher questiona:
“Precisa eu ir ai”
A resposta reforça a intenção que a vítima fizesse o pagamento:
“Não mãe, preciso só que faça o pagamento pra min”
Logo depois do erro ortográfico, o estalionatário ainda acrescenta:
“E via pix”
A mulher alega não saber fazer o procedimento. Em retorno, o golpista questiona se a vítima não poderia ter ajuda.
Conforme a própria vítima, o desconhecimento sobre como agir para fazer a transferência via Pix foi determinante para não ser lesada. “Se não tinha entrado. Golpistas safados e sem-vergonhas se passando por minha filha. Mericiam que eu levasse este número na Polícia”, dispara.
Confira as telas de parte da conversa com o golpista:
Como sabem o grau de parentesco da vítima e até o nome?
A Polícia acredita que o vazamento de dados acaba fomentando parte dos golpes aplicados diariamente. Assim, os estelionatários acabariam tendo acesso a e-mail, número de celular, RG e CPF, por exmeplo. Além disso, as redes sociais de possíveis vítimas são pesquisadas pelos criminosos, disponibilizando informações e material para os ataques, incluindo imagens de familiares.
Como se previnir do golpe?
É necessário restringir o acesso das redes sociais. Assim, Facebook e Instagram podem ser limitados apenas a pessoas que são adicionadas, ou seja, quem você deve conhecer.
Cabe tomar cuidado ao abrir URLs suspeitas e não clicar em links que não sejam confiáveis, vindos na Internet, e-mail ou até mensagens via SMS.
Manter a calma também é recomendável. A vítima pode pedir uma prova de que a pessoa é realmente quem diz ser madando uma foto de si naquele momento ou até fazendo uma videochamada. O estelionatário vai dar desculpas, mas será apenas uma estratégia para tentar fugir de sua descoberta.
Outra orientação é avisar a Polícia com o máximo de dados possíveis, auxiliando na investigação em torno do golpe.