Com o selo, o azeite de oliva extravirgem gaúcho receberá novamente a chancela do Estado / Foto: Ascom Sict
Estão abertas as inscrições para a edição 2023 do Selo Produto Premium Origem e Qualidade RS, uma iniciativa da Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia (Sict), em parceria com o Instituto Brasileiro de Olivicultura (Ibraoliva). Com o selo, o azeite de oliva extravirgem gaúcho receberá novamente a chancela do Estado.
O regulamento, elaborado pelo grupo de trabalho coordenado por integrantes do programa Produtos Premium da secretaria, está disponível no site da Sict e esclarece os critérios e os prazos que os produtores devem respeitar para receberem o selo na safra deste ano. O período para encaminhar os documentos necessários e as amostras dos azeites vai até 3 de maio.
Inscrições para edição 2023 do Selo Produto Premium Origem e Qualidade RS
O Selo Produto Premium atesta a qualidade e a origem do azeite de oliva extravirgem produzido no Estado. Ao todo, 73 marcas de 29 produtores receberam o selo na 1ª edição do reconhecimento setorial – o que representa mais de 200 mil garrafas da safra 2022.
“O selo premium é importante tanto para as cadeias produtivas tradicionais do Estado, que inovam e agregam valor aos seus produtos, quanto para os consumidores, que contam agora com uma distinção visual para identificar azeites de alta qualidade, reduzindo a falsificação do produto”, explica a titular da Sict, Simone Stülp.
Critérios específicos devem ser atendidos
Para receberem o selo, os azeites devem ser produzidos com azeitonas colhidas e processadas no Rio Grande do Sul. Além disso, os lagares (oficina com os aparelhos adequados para espremer certos frutos) que fazem o processamento e envase devem ser legalizados no Estado e cadastrados no Sistema Integrado de Produtos e Estabelecimentos Agropecuários (Sipeagro), do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
Os produtores devem ser associados ao Ibraoliva, que coletará uma taxa de adesão e fornecerá garrafas para o envio das amostras. Elas deverão passar por análise físico-químico em laboratório acreditado pelo Mapa. Também haverá um painel sensorial entre 8 e 19 de maio, em parceria com o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária. Um grupo de profissionais qualificados provará os azeites, avaliando-os de acordo com o método do Conselho Oleícola Internacional. A lista final dos aprovados será divulgada em evento ainda sem data definida.
Para o presidente do Ibraoliva, Renato Fernandes, a ideia do selo é diferenciar os azeites de primeira categoria de uma forma científica e irrefutável, devido à lisura do processo. “A intenção é só uma: entregar ao consumidor o verdadeiro azeite extravirgem, com uma gama de qualidade muito acima da que tínhamos no mercado, mesmo se compararmos com produtos internacionais”, detalha Fernandes, que espera ultrapassar a marca de 500 mil litros de azeite selados este ano.