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Foram 21.521 votos ao todo no último pleito, sendo 2.945 em Cachoeira do Sul. O desempenho nas urnas da deputada estadual Zilá Breitenbach (PSDB), apesar de não ter sido eleita, reafirma sua força política e junto ao eleitorado gaúcho. Nome que serve de referência nas esperas públicas no Estado pela trajetória, um movimento que aparenta buscar isolar a tucana. No entanto, a estratégia vem gerando impasse interno no partido e repercutindo negativamente nos bastidores políticos.
A avaliação é a de que Zilá está sendo afastada das ações junto ao governo e no próprio PSDB. Ficando na suplência, foi a mais votada. Luiz Henrique Viana e Matheus Wesp foram para o secretariado. Rodrigo Maroni deixou o cenário político. Já Zilá, 80 anos, acabou esquecida para participar de tratativas.
Zilá comandou a Comissão da Saúde nos períodos mais severos da pandemia de Covid, sendo ainda a deputada com mais leis aprovadas na Assembleia Legislativa. A lista inclui a Ficha Limpa, por exemplo.
Além da repercussão imediata, a projeção é que o isolamento imposto pode impactar a pretensão do governador eleito Eduardo Leite em concorrer ao cargo de presidente da República nas próximas eleições. O discurso do tucano poderia esbarrar em questões como defesa dos direitos da população mais idosa e da mulher, além de sua postura em desconsiderar a história política de figuras com o peso eleitoral de Zilá poder criar ainda mais desconforto e resistências internamente.
Zilá segue em silêncio público sobre a situação, embora pares mais próximos tenham confidenciado sua decepção sobre o tratamento que vem recebendo.
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