Crédito: William Barreto / Divulgação
O vereador Magaiver Dias (PSDB) apresentou na Câmara de Vereadores nesta quinta-feira, a Indicação 389/2022, solicitando a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) que todos os exames preventivos de todas as unidades de saúde do município sejam realizados por profissionais do sexo feminino.
Conforme a justificativa do parlamentar, a motivação vem de relatos de pacientes que sentem constrangimento por serem atendidas por profissionais do sexo masculino. “Na última semana, conversei com muitas mulheres que relataram tal situação em bairros diferentes. Alguns desses relatos me sensibilizaram a realizar esta indicação. Espero que a Secretaria de Saúde avalie a situação e atenda o pedido desta indicação”, destacou Magaiver.
Pacientes desistindo do exame
O vereador relatou que algumas pacientes estão desistindo de fazer o exame devido o constrangimento de ser atendidas por um profissional do sexo masculino. “Algumas pacientes me relataram que desistem de realizar o exame ao saber que serão atendidas por um profissional do sexo masculino. Este exame é importantíssimo para a saúde da mulher, não podemos deixar essas pacientes sem atendimento”, finalizou Magaiver.
O que é o exame?
Também conhecido como papanicolau, este exame é chamado de colpocitologia oncótica. É realizado em consultório ginecológico, com a coleta de uma amostra do material do colo do útero para análise da natureza das células – e, eventualmente, detectar a presença de alterações. A coleta é rápida, indolor e simples, podendo causar leve desconforto em casos onde a mulher tem dificuldade para relaxar a musculatura. O material é avaliado em laboratório e, em até 7 dias, o resultado é apurado. Para realização do exame, é necessário que a paciente não esteja em seu período menstrual.
Qual a importância?
O exame preventivo atua no diagnóstico de uma série de irregularidades no aspecto das células do colo uterino. É considerado o principal método para se obter o diagnóstico precoce de lesões cancerígenas no colo do útero, antes mesmo que o quadro evolua o suficiente para externar sintomas notáveis. Quando as chamadas lesões precursoras (que antecedem o aparecimento efetivo da doença) são detectadas, as chances de cura do quadro são de 100%.
O exame também auxilia no diagnóstico de outras questões como:
– Alterações no colo do útero ocasionadas pelo HPV (lesões internas);
– Infecções e inflamações vaginais;
– Doenças sexualmente transmissíveis que não manifestam sintomas externos.
Quem deve fazer?
Mulheres com vida sexual ativa devem realizar o exame preventivo uma vez ao ano – principalmente aquelas entre a faixa etária dos 25 aos 59 anos. Caso o resultado do exame assinale qualquer irregularidade, o preventivo pode passar a ser feito de seis em seis meses, para acompanhamento mais rígido do quadro.