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67º Congresso Tradicionalista Gaúcho

Retornando aos trabalhos, e desejando a todos um ano de 2019 cheio de Saúde, Paz, Harmonia a todos os amigos leitores.

Vamos aos trabalhos?

Acontece no próximo final de semana na cidade de São Borja, o 67º Congresso Tradicionalista Gaúcho.

O Regulamento Geral do MTG no seu Art. 50 assim regulamenta o Congresso Tradicionalista:

Art. 50 – O Congresso Tradicionalista é a reunião, em Assembleia Geral, das entidades Filiadas-efetivas e tem por fim:

I – traçar diretrizes, rumos e princípios para o Movimento Tradicionalista Gaúcho;

II – ensejar o debate e a divulgação de ideias, trabalhos, pesquisas, sugestões, teses e temas de cunho tradicionalista;

III – ampliar e enriquecer os conhecimentos específicos de todos interessados, dentro da verdade histórica do Rio Grande do Sul;

IV – incrementar e popularizar as atividades tradicionalistas;

V – proporcionar a mais ampla oportunidade de confraternização entre adeptos, simpatizantes e admiradores das tradições gaúchas;

VI – valorizar o Movimento Tradicionalista Gaúcho – MTG, como entidade;

VII – apreciar o relatório final do Conselho Diretor e votar o parecer da Junta Fiscal sobre o movimento financeiro e mutações patrimoniais;

VIII – decidir, em grau de recurso e na qualidade de última instância, sobre penas disciplinares aplicadas pelos escalões inferiores;

IX – reformar o Estatuto do MTG;

X – destituir, por decisão de 2/3 (dois terços) de seus membros, em sessão extraordinária convocada especialmente para este fim, o Presidente e os Vice-presidentes do Conselho Diretor, elegendo, na mesma sessão, os sucessores.

XI – extinguir o MTG;

XII – exercer as demais atribuições que lhe forem fixadas pelo Estatuto e por este Regulamento Geral.

OPeão MICAEL FELICIANO MACHADO LOPES, apresentaráem plenário proposição para o Tema Anual do MTG 2019, assistido e orientado por sua irmã MURIEL MACHADO LOPES (Ex – Prenda Estadual) a proposta:

TODO GAÚCHO VEM DO CAMPO – “O HOMEM DO CAMPO COMO SUBSTÂNCIA BASILAR DA SOCIEDADE GAÚCHA”.

Aqui transcrita na íntegra:

  1. JUSTIFICATIVA DA PROPOSTA:

 

– Carta de Princípios do MTG de Glaucus Saraiva em seus itens:

 

I – Auxiliar o estado na solução dos seus problemas fundamentais e na conquista do bem coletivo.

 

VII – Fazer de cada CTG um núcleo transmissor da herança social e através da prática e divulgação dos hábitos locais, noção de valores, princípios morais, reações emocionais, etc.; criar em nossos grupos sociais uma unidade psicológica, com modos de agir e pensar coletivamente, valorizando e ajustando o homem ao meio, par a reação em conjunto frente aos problemas comuns.

XXIX – Buscar, finalmente, a conquista de um estágio de força social que lhe dê ressonância nos Poderes Públicos e nas Classes Rio-grandenses para atuar real, poderosa e eficientemente, no levantamento dos padrões de moral e de vida do nosso Estado, rumando, fortalecido, para o campo e homem rural, suas raízes primordiais, cumprindo, assim, sua alta destinação histórica em nossa Pátria.

– Tese O sentido e o valor do tradicionalismo de Luis Carlos Barbosa Lessa.

– Tese O sentido e o Alcance social do Tradicionalismo de Jarbas Lima.

 

  1. DOS OBJETIVOS DA PROPOSTA:

                                               A presente proposta tem o objetivo primordial de promover uma retomada no seio de nossas entidades tradicionalistas, de nossa comunidade local, das raízes que provieram do homem do campo, do verdadeiro gaúcho, que inspirou os jovens de 1947 a vestirem a bombacha tradicional e saírem as ruas a cavalo, sucumbindo a vergonha de pertencerem ao interior, do interior que nos abastece culturalmente e economicamente.Outrossim, este trabalho visa enaltecer o homem, as famílias rurais, que vivem do campo, da agricultura, da pecuária, que a medida que o tempo passa são esquecidas pelos populares da região urbana, pela política e pelos incentivos econômicos, mas que detém, com propriedade, o berço e o resguardo mais fiel de nossas tradições, são a fonte onde buscamos o conhecimento que abastece nossas pesquisas, livros e artigos sobre o assunto e são os motivadores dos nossos ensejos com a tomada deste tema anual para o trabalho e visibilidade de todos a quem pudermos alcançar.Assim sendo, o objetivo desta proposição é que possamos envolver todos os departamentos, as invernadas que dançam e cantam o campo e seus hábitos, mas não a presenciam, os departamentos culturais com suas prendas e peões que possam aprender na prática, visitar e provar, além das lendas, costumes e superstições e da culinária, mas saber de suas lides de fato, as coisas que produziam e produzem ainda

  1. DO MÉRITO DA PROPOSTA:

A proposta para o tema anual encontra respaldo desde antes da intenção de torná-la uma questão a ser debatida e desenvolvida como proposição. Barbosa Lessa já chamava a atenção dos tradicionalistas, da comunidade Sul-rio-grandense para o homem do campo, suas raízes e suas faculdades, quando escreveu a Tese O Sentido e o Valor do Tradicionalismo.Lessa foi incisivo ao abordar a desintegração da nossa sociedade, atribuindo que a cultura e a sociedade ocidental estão sofrendo um assustador processo de desintegração, falando que é nos grandes centros urbanos que esse fenômeno se desenha mais nítido, através das estatísticas sempre crescentes de crime, divórcio, suicídio, adultério, delinquência juvenil e outros índices de desintegração social, toda esta abordagem que ainda é vigente, plausível de discussão e atenção.A população em geral e, até mesmo, os tradicionalistas que frequentam nossas entidades estão cada vez mais distantes de nossas propriedades rurais, da vida que se leva nas fazendas, sítios, chácaras e, não obstante a isso, os departamentos culturais e campeiros de nossas regiões, entidades estão cada vez mais distantes uns dos outros, incluindo os departamentos de esportes. Algumas entidades sequer possuem um departamento campeiro, mesmo sendo entidades plenas, mas não é aí que reside o problema e, sim, na consciência que temos sobre a procedência de nossas tradições e no quanto a preservação delas através da vida rural está ameaçada diante do descaso.Somos herdeiros de uma série de hábitos, instrumentos e utensílios campeiros, de encilha, de manejo animal e da vida no campo que discorremos em nossos poemas e musicas, porém não preservamos sua nomenclatura e os museus de nossas entidades não comportam mais a sua importância devida. Os bocós, foices, manguás, acioneiras, burdizos, estribeiras, picanas e demais instrumentos e encilhas que o campeiro utiliza ou utilizou-se, precisam encontrar seu lugar em nossas pesquisas e em nossas intenções de preservação cultural, sob pena de esquecermos quem também nos legou tal hábito e sua valia.Nesse sentido, Lessa ao refletir em sua tese, elenca duas grandes questões do tradicionalismo a atenção especial as novas gerações, a qual já tem sido acionada com o atual tema anual do MTG e, também, a ASSISTÊNCIA AO HOMEM DO CAMPO que afirma ser aidéia principal das Tradições Gaúchas por enaltecer a figura do campeiro das nossas estâncias e é disso que se trata a nossa proposição, da necessidade do amparo social e moral ao homem do campo, para que um dia não se chegue à situação paradoxal de manter-se uma Tradição de fantasia.Pois bem, nosso movimento tem como objetivo indireto a assistência ao homem do campo de onde provém toda a nossa cultura genuína e, como não estamos assistindo esse homem do campo, essas famílias oriundas das atividades rurais, valorizando-as, como podemos observar pelo fenômeno do êxodo rural, juntamente com a decadência agrícola econômica, que acarreta também a perda de nossa essência e de nossas tradições, por isso tal tema vem a calhar em um momento evolutivo em que devemos cada vez mais nos agarrar ao que temos propriedade.Outrossim, estaríamos fadados ao esquecimento, ao culto de fatos históricos e não mais de tradição que é conhecimento transmitido através de nossas gerações, estaríamos condenados, na verdade, ao  que previa o nosso pensador e precursor de cantar hinos de louvor ao “Monarca das Coxilhas”, ao “Centauro dos Pampas”, e esse gaúcho não mais coubesse em nossa realidade tão urbanizada, mecanizada, tecnológica, levando seus viventes a pensar que o Gaúcho é um desajustado social, um pária lutando febrilmente pela própria subsistência e não por um cultura que pertence a todos nós. Claro, a evolução do campo, das lavouras, do maquinário, da mão de obra, das formas de cuidar o gado, a cavalhada, a culinária, suas curas, crendices, superstições, seus modos de ver a vida, o cultivo da terra, das hortas, enfim de tudo que provém das atividades rurais esta sujeito a evolução, o entrechoque inevitável da mudança, mas está aí a razão, o objetivo que justifica o porquê precisamos mostrar às novas gerações, bem como todos àqueles que vêm nos visitar, de onde provieram, quem foram os percussores das tradições gaúchas, mas muito mais que valorizamos a terra que nos torna gaúchos, o princípio do início e, dizemos isso, sabendo que a redundância explica melhor o que queremos dizer.O tradicionalismo é uma força econômica, disso ninguém mais tem dúvida, olhando apenas para o ENART podemos constatar essa afirmativa, portanto sabemos que prestigiando as tradições gaúchas e prestando assistência moral e social ao homem do campo, o Tradicionalismo estará contribuindo de maneira inestimável para a solução do problema que ora sufoca a nossa vida econômica: o êxodo rural, a crise agrícola que nos assola e é vigente, coisa que os populares urbanos, embora sufocados pelas más notícias políticas e econômicas ainda não conseguem assimilar com a clareza necessária. Por esse motivo é que propomos essa temática para o ano de 2019, para que os novos governantes olhem mais para o interior de nosso estado, por bem dizer o coração do nosso amado Rio Grande do Sul e, para que possamos valorizar este homem e sua cultura, principalmente no que tange a agricultura, pois poucos são os nossos resgates nesta área, poucos são incentivos profissionais para serviço, não dos latifundiários, mas dos pequenos produtores que mantém viva ainda ações singelas, mas que representam a singularidade do gaúcho como o ato de “tirar leite”, “ordenhar”, singeleza que nos aproxima de quem realmente somos e nos conscientiza da importância de mantermos nossas faculdades tradicionais.É necessário que atentemos para isso, pois para nos protegermos do êxodo rural e da pobreza econômica que isso significa, precisamos mais do que dançar e cantar seus feitos históricos. Precisamos, na verdade, valorizá-los, aproximá-los, na intenção de protegê-los, fazendo com que ele permaneça no meio rural, desmistificando que o seu lugar na sociedade encontra-se nas cidades.Assim sendo, propomos com esta temática voltar não apenas nossos olhos as atividades rurais, mas sim a nossa presença, visitando, propiciando palestras em nossas entidades, resgatando os hábitos e cultivos agropastoris, para que estes homens e mulheres e suas famílias sintam a importância que verdadeiramente tem para a nossa sociedade, visando sempre que os costumes podem mudar, naturalmente, mas o cerne deve permanecer altivo e promissor, pois um Rio Grande solidificado, estável, porém certo de seus valores é imprescindível para a soberania cultural e econômica.

  1. DESENVOLVIMENTO DA PROPOSTA:

Pensamos que a proposta pode inspirar as entidades a realizar mais atividades em conjunto, unindo os departamentos, visitando sindicatos rurais, propriedades no interior, levando nossas atividades até mesmo as entidades do interior que estão tão decaídas e esquecidas, propiciando palestras de seu interesse, resgatando os hábitos e cultivos agropastoris, para que estes homens e mulheres e suas famílias sintam a importância que verdadeiramente tem para a nossa sociedade, como já referido acima.

5.SUGESTÃO DE ATIVIDADES:

– Realização de atividades em parceria com entidades localizadas no interior para valorização da comunidade rural.

 

-Visitas as propriedades rurais para vivência na prática de hábitos como tirar leite, cuidado com os animais, preparação do solo para plantio, marcação, castração, casqueamento e ferragem, bem como a preparação de alimentos característicos a produção familiar como a produção de queijo, doces em compotas, morcilha, lingüiças, bem como o habito da carneação em geral e suas influencias na culinária.

Ressaltar o papel da mulher no campo, responsável inclusive pelo cultivo de frutas, hortaliças e a produção artesanal de vários produtos, bem como toda a medicina campeira e caseira utilizada. Dar verdadeiro destaque a mulher que cuida dos animais e ajuda a manter a vivencia no campo, sendo também responsável pela unidade familiar rural.

-Promover nos Rodeios e Festas Campeiras das Entidades e Regiões, bem como ofertar nos espaços artísticos e eventos culturais, atividades lúdicas que incentivem as crianças a participarem das provas campeiras de antigamente de forma a conhecerem a importância do tiro de laço em sua figura original e das demais atividades provindas do campo. Exemplo: Carreira de Cancha reta, prova do estafeta e prova de rédea, todas feitas com cavalinho de pau, Bocha campeira feita com bolas de meia, deixando o perigo, mas incentivando a criança a conhecer a atividade.

-Promover uma integração entre os departamentos Cultural, Campeiro, De Esporte e Artístico em torno do tema que origina as atividades de todos os departamentos das entidades.

-Inclusão de atividades de esportes campeiros como Jogo do Osso, Bocha, Argolinha, Corrida do Couro em nossos eventos como o MTG e a Comunidade Escolar e CTG Núcleo de Fortalecimento da Cultura Gaúcha.

-Desenvolver seminários, palestras e atividades que promovam a integração da comunidade rural, suas origens e as formas de viver, como a realização de rodas de causo e contos, das gerações mais antigas em meio ao fogo de chão, exemplificando os galpões das estâncias de antigamente.

 

Assim sendo: Esperamos e torcemos pelo êxito e sucesso da Proposta junto ao Plenário. E que o mesmo independentemente de resultado seja reconhecido como “Gente que faz, em prol do Tradicionalismo”, e não como costumeiramente acontece por estas bandas: (QI – Quem Indica, ou QPL – Quem é Parceiro de Lida)

 

Eu apoio Música Gaúcha:

 

AGENDA GAÚCHA:

JANEIRO

FEVEREIRO

 

Sintonize de segundas a sábados na MIX 94.7 CACHOEIRAFM – ALMA PAMPA

Segundas das 17 às 19.00 horas e de Terça a Sábado das 18.00 às 20.00 horas

Por: Marcos Silva – programaalmapampa@gmail.com

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