5 dicas para proteger e valorizar as áreas externas da casa

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5 dicas para proteger e valorizar as áreas externas da casa
DECORAÇÃO
20 de setembro de 2024 - area-externa-decoracao-1024x683-1

Um domingo ensolarado no deck da piscina ou um churrasco na área gourmet são ocasiões perfeitas para relaxar e aproveitar ao ar livre. No entanto, para garantir que esses momentos sejam desfrutados ao máximo, é essencial manter esses espaços externos devidamente cuidados, especialmente se você está pensando em lucrar com o imóvel.

“Esses espaços conferem um apelo estético-funcional que ampliam as possibilidades de uso da propriedade, se tornando um diferencial decisivo na hora da venda ou locação de um imóvel, agregando valor financeiro e tornando a propriedade mais atrativa no mercado”, esclarece Danielle Dantas, à frente do escritório Dantas & Passos Arquitetura ao lado da arquiteta Paula Passos.

Em função disso, as profissionais acreditam que alguns aspectos devem ser considerados para maximizar o conforto e a funcionalidade desses ambientes. Confira!

1. Escolha móveis com materiais resistentes

Quando se trata de escolher os móveis para áreas externas, a resistência aos elementos naturais é fundamental, pois a mobília precisa ser capaz de suportar o sol, a chuva e o vento, já que geralmente esses espaços estão descobertos. Por isso, Paula Passos indica materiais como alumínio, corda náutica, fibra sintética e madeira teca, devido à durabilidade.

O alumínio, por exemplo, é leve e resistente, podendo ser encontrado em sua forma natural ou pintado em diversas cores. Já a madeira teca, além de oferecer um toque sofisticado ao ambiente, também resiste bem às intempéries, mas requer manutenção regular para manter a aparência. “Se a ideia for reduzir a necessidade de manutenção, é possível proteger os móveis de teca com capas impermeáveis de lona de vinil ou posicioná-los sob ombrelones”, sugere a arquiteta.

No caso dos estofados, tecidos como o acrílico ou couro náutico são altamente recomendados, pois resistem aos raios ultravioletas (UV), repelem a água e secam rapidamente. Também é importante considerar o local onde os móveis serão colocados. Em áreas com muito vento, Paula diz que o melhor é optar por peças mais pesadas para evitar que sejam deslocadas e danificadas. Cada material requer cuidados específicos e uma boa higienização periódica para manter a vida útil dos móveis.

2. Opte por revestimentos antiderrapantes para o piso

Além do mobiliário, os espaços externos também necessitam de bons revestimentos. Dessa forma, a dupla de profissionais destaca a importância de escolher revestimentos antiderrapantes que absorvam umidade e que não enferrujam, além de serem fáceis de limpar no dia a dia. Atualmente, o mercado oferece uma grande variedade de opções para áreas externas.

“Gostamos muito de usar pedras naturais com impermeabilização ou porcelanatos, pois acreditamos que ambas são as principais tendências, oferecendo menos manutenção e mais durabilidade, enquanto a madeira, embora ainda popular, requer cuidados adicionais”, dizem Danielle Dantas e Paula Passos.

No caso das pedras, elas sugerem evitar as de configuração mais porosa, optando por aquelas com menor índice de absorção, ou seja, que sujam ou mancham menos. “Procurar pedras que aceitem tratamento antiderrapante também é essencial para a segurança do usuário”, completam. Algumas pedras, segundo Danielle, absorvem menos calor do sol e podem ser personalizadas em diferentes cores, tamanhos e acabamentos, o que amplia as possibilidades de design.

Já os porcelanatos são amplamente recomendados para áreas externas. “É bom pesquisar o índice de resistência do produto, pois os porcelanatos têm maior uniformidade de cor e algumas versões são atérmicas, o que é excelente para pisos que não esquentam”, explica Paula. Além disso, os porcelanatos são mais impermeáveis e possuem baixo índice de absorção, o que os torna muito práticos. No entanto, a equipe alerta que aqueles com superfícies mais texturizadas podem ser mais difíceis de limpar no dia a dia.

Aplique revestimentos impermeáveis no teto

Para os revestimentos de teto, essenciais nas varandas cobertas, é importante considerar a resistência à umidade e ao sol. As profissionais elencam:

  • Gesso: está entre um dos mais usados na construção porque é prático, versátil, se adapta facilmente aos projetos e pode ser formulado ou pintado com uma gama infinita de cores, além de poder receber outro revestimento, como o papel de parede.
  • Madeira: traz mais sofisticação e aconchego aos ambientes. Entretanto, tem que ser a madeira correta para uso em área externa, com tratamento específico, mas na maioria dos casos são fáceis de limpar e de instalar, além de proporcionarem bom isolamento térmico e acústico.
  • Concreto: excelente aliado dependendo do conceito de projeto em andamento. Concreto aparente não exige pintura nem acabamento, mas as formas devem ser muito bem feitas para ficar planejado.
  • Bambu: é um material que pode proporcionar um forro bonito esteticamente, natural e durável.
  • Forro sintético de palha: cobertura maleável que pode ser usada em diversas estruturas, deixando o ambiente com sombra. Permite que a luz solar entre no ambiente de forma suave e é capaz de ajudar a bloquear parte do calor, criando um ambiente agradável e alegre.
  • PVC: é um tipo de forro muito popular, mas não agrada visualmente. Proporciona bom isolamento térmico e acústico, é impermeável, porém é mais indicado para obras comerciais.

3. Invista em um sistema de drenagem

Um sistema de drenagem eficiente é indispensável para evitar o acúmulo de água. “O uso de ralos lineares, como o Sekapiso, é uma solução muito eficaz”, destaca Danielle Dantas. Esses ralos possuem um declive interno que conduz a água ao escoamento desejado, prevenindo infiltrações e empoçamentos.

No entanto, é fundamental verificar se o contrapiso tem a altura necessária para embutir o sistema, pois o Sekapiso é um ralo longo em alumínio com grelha removível, ideal para a captação de água em diversos ambientes, como terraços, sacadas e boxes de banheiros. “Sua principal característica é a queda interna, que faz com que a água corra para o ralo sem ficar acumulada na canaleta”.

Área externa de um condomínio com poltronas verdes e um jardim atrás
A escolha dos móveis é essencial para oferecer conforto a área externa (Projeto: Dantas & Passos | Imagem: Luis Gomes)

4. Crie uma área externa aconchegante

A criação de áreas de estar confortáveis em varandas ou terraços depende da escolha de móveis adequados ao espaço disponível. Sofás, poltronas, redes, ombrelones, bancos, espreguiçadeiras, mesas e balanços são algumas das opções para compor o ambiente. Para tanto, elas recomendam visitar lojas para experimentar as peças antes de comprar, pois é importante que os móveis sejam confortáveis para relaxamento e descanso nas áreas de lazer.

As áreas externas podem e devem ser alegres, então cores e estampas são sempre bem-vindas, junto de elementos naturais na decoração. “Evitem o uso de cores escuras, pois absorvem mais o calor do sol. Cores claras, tons pastéis são escolhas certeiras pelas possibilidades de combinações”. Além destes, o paisagismo, como jardins verticais, vasos e jardineiras pode complementar o ambiente de forma harmoniosa.

Outros truques conhecidos por Danielle Dantas e Paula Passos são:

  • Quem tem pouco espaço vai ter um pouco mais de dificuldade na escolha do mobiliário para sua área externa, mas um layout prévio, bem estudado e feito por um profissional, ajuda muito na hora da tomada de decisões;
  • Peças com encostos mais baixos ‘fecham’ menos visualmente espaços menores e podem ser mais favoráveis. Sofás e poltronas sem braços podem ser um ganho de espaço na medida dos móveis;
  • Móveis sob medida podem ajudar até mesmo na área externa em espaços pequenos, como uma mesa com bancos do tipo canto alemão com materiais que possam ficar expostos ao tempo.

5. Faça a manutenção periódica do ambiente

Muitas vezes negligenciada, a questão da manutenção é fundamental para manter áreas externas em bom estado e, para isso, requer uma rotina de manutenção periódica, pois ajuda a detectar problemas antes que eles cresçam. As arquitetas ressaltam que telhados, fachadas, janelas, pisos e móveis devem ser incluídos no cronograma de manutenção de limpeza regular, bem como o controle de pragas no paisagismo de jardins.

“Atenção aos telhados e lajes, porque fortes chuvas e fortes ventos podem ocasionar infiltrações e vazamentos. Especial atenção à limpeza de calhas para evitar entupimentos. Nunca esquecendo da segurança; é bom usar equipamentos de proteção, especialmente ao verificar calhas e ralos, luvas são bem indicadas”, alertam.

Móveis de área externa tendem a ficar mais sujos e pedem maior manutenção para se manterem em bom estado e não acumularem musgos e bolores. Essa limpeza pode ser feita com panos macios e úmidos de água morna com escovinha macia para evitar riscos nas peças. Feito isso, enxágue com água limpa e passe panos secos.

“Almofadas e estofados, se forem protegidos com capas impermeáveis, irão precisar de pouca manutenção. Móveis metálicos podem enferrujar com o tempo, então recomendamos aplicar um lubrificante adequado de tempos em tempos para prolongar a vida útil do móvel”, adicionam as arquitetas.

Por Emilie Guimarães