O governador Eduardo Leite anunciou nesta sexta-feia (22) que a partir de segunda-feira (25) os professores que permanecerem ou entrarem em greve terão seus pontos cortados. “Não dá para aceitar que essa greve ocorra sem justificativa”, disse Leite.
O governo informou, ainda, que vai adotar as medidas estipuladas no tema 531, do Supremo Tribunal Federal (STF), para os servidores que não compareçam ao trabalho: “A administração pública deve proceder ao desconto dos dias de paralisação decorrentes do exercício do direito de greve pelos servidores públicos, em virtude da suspensão do vínculo funcional que dela decorre”, sem possibilidade de compensação posterior.
Em entrevista à imprensa nesta sexta, Leite justificou a medida tomada pelo governo: “O Estado admite fazer negociação de compensação dos dias parados ao longo desta semana, mas, a partir de segunda-feira, vamos descontar e não vamos fazer negociação, porque a educação e outros serviços públicos fazem e farão falta para a população gaúcha, por isso, precisam ser prestados”, afirmou.
“O governo está aberto ao diálogo. Dialogou o tempo todo durante a construção dos projetos da reforma estrutural (que moderniza a legislação das carreiras dos servidores e aplica as novas regras previdenciárias) e continua dialogando. Mas não dá para aceitar que esta greve ocorra sem justificativa”, complementou Leite.
O QUE DIZ O CPERS
A direção estadual do Cpers Sindicato informa que a “ameaça”do governador não vai fazer com os professores desistam da greve. Tanto que está marcada para quarta-feira (27) uma assembleia em Porto Alegre para avaliação da greve e também para verificar que medidas serão tomadas para manter a categoria mobilizada. Será, às 14h, na Praça da Matriz.