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Siprom denuncia “caos” da Prefeitura e repudia parcelar Faps

Diretoria divulgou posição contrária ao parcelamento do Faps / Foto: Siprom

O Sindicato dos Professores Municipais de Cachoeira do Sul (Siprom) realizou assembleia nesta sexta-feira (30). A pauta de discussão levou em conta a seguinte lista:

1) Insegurança constante no exercício da profissão, pois toda semana são apresentadas, por parte da Administração Municipal, situações que anulam e tiram direitos dos professores, já garantidos em Lei

2) Instabilidade constante em relação às aposentadorias, motivada pela inadimplência do governo com o Fundo de Aposentadoria e Pensão dos Servidores (Faps) em não pagar a parte patronal, parcelando a dívida e não cumprindo com seus compromissos

3) Erros na Administração Municipal, fazendo retornar ao trabalho inúmeros professores já autorizados ao gozo de Licença Prêmio a fim de aposentadoria, por lançamentos inadequados e errôneos no Sistema que, além de gerar abalo moral ao profissional, desorganiza toda sua vida particular

Professores debateram valorização da categoria / Foto: Siprom

4) Plano de Saúde à beira de cancelamento

5) Redução do salário de professores, prejudicando inclusive o comércio da cidade. Pois o Regime Suplementar de Trabalho teve a remuneração alterada, como se fosse um benefício político e não uma jornada de 20 horas de trabalho, com alunos e todos os compromissos inerentes ao cargo, garantindo as aulas e o ano letivo a muitas turmas, por falta de docentes

6) Infraestrutura inadequada em escolas, com falta de espaços físicos, materiais e equipamentos adequados, obrigando às direções a comporem turmas com crianças e adolescentes em número não compatível com o espaço e com a qualidade do ensino

7) Transporte escolar com falta de segurança a alunos e professores

8) Falta de vagas na Educação Infantil para a demanda de até 3 anos de idade

9) Educação de Jovens e Adultos já extinta ou em processo de extinção, justificando economia, mas causando insegurança e dificuldades àqueles que já foram prejudicados pela vida, pela falta de oportunidades e que agora desejam dar continuidade aos seus estudos

10) Revisão e modificação do Plano de Carreira do Magistério sem discussão com a categoria, ficando os profissionais à mercê do ponto de vista e interpretações de outros profissionais da Administração Municipal, que desconhecem e desvalorizam as lutas e conquistas da educação ao longo da história

11) Constante desvalorização do professor com declarações ameaçadoras de cortes na remuneração e na forma de ascensão na carreira, causando uma tortura psicológica no magistério e abalo emocional

12) Contratos emergenciais efetivados anualmente, sem realização de concurso público, por plena falta de planejamento e de interesse, burlando a norma constitucional sistematicamente e intencionalmente

13) Falta de Vagas na Classe F para Promoções, pela primeira vez no município, professores não serão promovidos por falta da redistribuição das vagas

14) Falta de condições e infraestruturas às estradas do interior. Atualmente, muitas escolas têm que cancelar aulas, pela impossibilidade das estradas

15) Retirada do direito conquistado, pela comunidade escolar, de escolher o diretor de escola

Segundo a presidente da entidade, Josie Rosa, os professores chegaram a definições a partir dos debates. “Definiram pela mobilização em prol da valorização do professor e da Educação pública de qualidade que a sociedade cachoeirense tem direito, denunciando o caos que está se instaurando”, detalhou. Outro ponto diz respeito ao pagamento do Faps. A entidade é contra o parcelamento. “Mesmo parcelando, o Governo Municipal vai continuar não pagando a parte patronal mensalmente, como já está fazendo, aumentando cada vez mais a dívida, desta forma tornando o Faps insustentável em um futuro muito próximo”, finalizou a presidente do Siprom.

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