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150º aniversário de Julieta Lanteri

Crédito: Reprodução

Julieta Lanteri. Nasceu em um 22 de março. Foi em 1873. Ou seja, já são 150 anos. Um século e meio depois, o mundo segue reverenciando a médica e ativista pelos direitos das mulheres.

Em 1891, foi a primeira mulher a se matricular no Colegio Nacional de La Plata, colégio público preparatório. Após formação em farmacologia na Universidade de Buenos Aires em 1898, Lanteri ingressou na Faculdade de Medicina da universidade. Juntamente com Cecilia Grierson – a primeira mulher a conseguir graduação em Medicina na Argentina, fundou a Asociación de Universitarias Argentinas, a primeira associação de estudantes dedicada às mulheres no país, em 1904.

Apoiou o sufrágio universal, igualdade de gênero sob o Código Civil Argentino, além da regulamentação da jornada de trabalho; igualdade salarial; pensões; licença maternidade; reformas trabalhistas em relação a mulheres e crianças; treinamento profissional para mulheres; legalização do divórcio; atendimento especializado para jovens delinquentes; reforma do sistema carcerário; abolição da pena de morte; investimentos em saúde pública e jardim de infância; maior segurança do trabalho em fábricas; proibição da fabricação e venda de álcool; medicina preventiva contra doenças infecciosas e proibição de bordéis regulamentados.

Já filiada, sua candidatura não foi bem sucedida.

Continuou a praticar a Medicina e a oferecer cuidados psiquiátricos e de saúde mental para mulheres e crianças necessitadas.. Fundou, então, a primeira escola primária da cidade de Sáenz Peña, na província de Buenos Aires e lecionou na Europa.

Em 1929, ela se candidatou ao serviço militar com a justificativa de que, uma vez que o serviço militar era obrigatório para todos os cidadãos, as mulheres deveriam ter direito ao serviço militar e, portanto, ao voto. O caso chegou à Suprema Corte da Argentina, mas foi anulado.

Em 23 de fevereiro de 1932, Lanteri caminhava pela avenida Roque Sáenz Peña, no centro de Buenos Aires, quando foi atropelada. O motorista fugiu. Após dois dias internada, a médica e ativista morreu aos 58 anos de idade.

Para celebrar a passagem da data, o Google colocou Julieta Lanteri em destaque no doodle.

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