O Magazine Luiza confirmou na noite desta segunda-feira (29) a aquisição da Netshoes por um valor de cerca de US$ 62 milhões. Em comunicado ao mercado, a varejista disse que assinou o “Agreement and Plan of Merger”, comprando a totalidade das ações representativas do capital social da Netshoes por um preço por ação de US$ 2,00. “A conclusão da operação está condicionada à satisfação de determinadas condições precedentes estabelecidas no ‘Agreement and Plan of Merger’, incluindo, entre outras, sua
aprovação pelos acionistas da Netshoes em assembleia geral, de acordo com as leis das Ilhas Cayman, e pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica – CADE”, diz o comunicado.
Além disso, o Magazine Luiza informou que celebrou com acionistas detentores de aproximadamente 47,9% do capital social da Netshoes o acordo de aquisição, por meio do qual os acionistas signatários se comprometeram a votar de forma favorável à operação na Assembleia da Netshoes. De acordo com a empresa, a operação será realizada por meio da fusão da Netshoes e de uma subsidiária da companhia, constituída nas Ilhas Cayman.
Anúncio ao mercado foi feito nesta segunda (29) / Foto: Instagram
A Netshoes vinha passando por um período complicado desde que abriu capital na Bolsa de Nova York, em abril de 2017. No IPO, as ações da empresa foram cotadas a US$ 18 e chegaram a bater US$ 24 no mês seguinte. O Magazine Luiza pagou US$ 2 por ação.
Assim que a notícia foi confirmada, as ações da Netshoes negociadas em Nova York passaram a desabar no after market. Os papéis fecharam cotados a US$ 2,65, e o com o preço da aquisição, a tendência é o mercado “ajustar” o valor da ação para o mesmo preço.
Com isso, os ativos desabaram 24,5%, chegando aos mesmos US$ 2,00.
A Netshoes acumula prejuízos bilionários e analistas acreditam que um novo dono – especialmente um que vem registrando resultados recordes – pode ajudar a colocar a companhia nos eixos.
O Magazine Luiza fechou 2018 com um lucro de R$ 597,4 milhões, 53,6% maior que o de 2017.
Um número que surpreendeu foi a alta de quase 60% das vendas do e-commerce no quarto trimestre, que representaram mais de um terço das vendas totais da companhia.
