Um professor de Língua Portuguesa, de 42 anos, foi conduzido coercitivamente nesta quarta-feira (24) pela Polícia Civil de Cachoeira do Sul para prestar depoimento sob acusação de abuso sexual de adolescentes, incluindo alguns de seus ex-alunos. Ele leciona na rede pública municipal de Cachoeira foi alvo da Operação Predador, deflagrada pela 20ª Delegacia Regional de Polícia e pela DP de Novo Cabrais.
A ação policial teve o cumprimento de mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça na Prefeitura de Cachoeira do Sul e também na residência do homem, em Cerro Branco. Foram recolhidos tablet, HDs, notebooks e pen drive, além de um GM Prisma Sedan. Segundo o delegado José Antônio Taschetto Mota, o carro era utilizado para o homem sair com os menores. A Polícia apura informações que dão conta de que o suspeito inclusive fornecia bebida e dinheiro aos adolescentes.
Os equipamentos eletrônicos foram apreendidos pela Polícia para averiguação de possível armazenamento de fotografias e conteúdo pornográfico de adolescentes não só de Cachoeira, mas também da região. Até o momento, segundo o delegado Mota, foram identificadas vítimas de Cachoeira, Novo Cabrais e Cerro Branco.
SUSPEITO ADMITE CONDUTAS
Por envolver adolescentes, o caso corre sob segredo de Justiça. As investigações começaram após a apreensão do celular de um adolescente. No aparelho, foram encontradas conversas em redes sociais demonstrando que o suspeito solicitava fotos e vídeos dos menores de idade, bem como os levava em seu veículo para outras cidades, com o objetivo de manter relações sexuais, fornecendo inclusive bebidas alcoólicas e dinheiro a eles.
O professor, que não teve o nome revelado, admitiu as condutas. Após o registro da ocorrência ele foi liberado. O material apreendido será encaminhado para perícia, por existir a suspeita de que vários arquivos foram apagados. A Polícia Civil passará a identificar as vítimas para a instrução do inquérito policial.
Devido à gravidade das denúncias, o prefeito de Cachoeira do Sul, Sergio Ghignatti, determinou o afastamento imediato e preventivo do professor por pelo menos 30 dias. O suspeito foi ouvido e liberado.