Uma pauta tomou conta das sessões desde mês na Câmara de Vereadores de Cachoeira do Sul: a realização de duas reuniões semanais. A proposta é do emedebista Marcelo Figueiró e que já teve uma emenda do colega de sigla e de plenário, Igor Noronha. A ideia gerou divergências entre os parlamentares. Um dos críticos contrários é o atual presidente, Carlos Alberto (PP).
O progressista que comanda o Poder Legislativo em 2019 questiona a necessidade da realizações de duas sessões por semana. “Não temos demanda para isso. Fora a economia. Não faz sentido termos um discurso e gastar mais na prática”, argumenta Alberto. Já o ex-presidente da Câmara que entregou a função ao vereador do PP defende o projeto. “Seriam duas reuniões com objetivos distintos: uma para discutir projetos e outra para votar”, rebate Noronha.
Em discursos durante as reuniões, o autor da proposta justifica ainda a importância de mostrar atuação dos vereadores dentro da Câmara para a população. Além disso, Figueiró duvida do aumento nos gastos com a nova sessão semanal. “Se precisar, eu desenho. É claro que teremos mais gastos”, enfatiza o presidente.
Já o antecessor lembra de um caso específico na sua defesa pela proposta. “Para evitar que aprovemos mais uma vez um bloco de projetos que tenha a compra de um helicóptero”, destaca Noronha. O episódio em questão ocorreu em 2018, quando a Câmara aprovou proposta do vereador Noeli Castelo (PSB) para a aquisição de um helicóptero que pudesse ser utilizado no transporte de pacientes em Cachoeira do Sul. A proposta criou polêmica entre os vereadores e na comunidade.