Supermercados gaúchos projetam crescimento de 5,2% nas vendas de Páscoa em 2019

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Supermercados gaúchos projetam crescimento de 5,2% nas vendas de Páscoa em 2019
NEGÓCIOS
21 de março de 2019 - super1

As 4,6 mil lojas do setor supermercadista gaúcho já montaram suas parreiras de chocolate para a Páscoa, tradicionalmente um dos melhores períodos de vendas para o segmento no Estado. Ao todo, 8,5 milhões de ovos de chocolate deverão ser comercializados pelos supermercados gaúchos, alavancando um faturamento de R$ 84,5 milhões para o setor. Para conhecer o comportamento dos consumidores e dos supermercadistas gaúchos com relação à data, a Associação Gaúcha de Supermercados (Agas) encomendou um levantamento ao Instituto Segmento Pesquisas, realizado entre os dias 25 de fevereiro e 8 de março, quando foram entrevistadas 200 pessoas residentes em Porto Alegre, de ambos os sexos, com idades entre 18 a 70 anos, e de todas as faixas de renda. Pelo lado dos supermercadistas, foram ouvidos 20 diretores de empresas do setor em todo o Estado. Segundo o levantamento, a expectativa de crescimento nominal de vendas pelos empresários do setor é de 5,2% em relação à Páscoa do ano passado, e os preços estarão em média 2,7% superiores ao ano passado.

Para o presidente da Agas, Antônio Cesa Longo, a comemoração da Páscoa em abril, quando as temperaturas estão mais baixas do que em março, favorecerá o consumo de chocolates em 2019. “O cenário de maior estabilidade econômica e de possibilidade de retomada de investimentos, aliado ao clima mais frio de abril, deverá alavancar as vendas nesta Páscoa. Para os pequenos supermercados, que não dispõem de climatização nas lojas, é fundamental uma temperatura mais amena, facilitando a exposição dos chocolates”, projeta Longo. Segundo o dirigente, os tabletes, caixas de bombons e ovos menores deverão mais uma vez se destacar na Páscoa de 2019, a exemplo do comportamento registrado no ano passado. “A simbologia do presente é mais importante do que o tamanho do chocolate. Por isso, os gaúchos deverão adquirir mais itens, mas com menor valor agregado, para agraciarem mais pessoas de seu convívio”, projeta o presidente da Agas.

Agas está atenta ao levantamento / Foto: Agas

O que os consumidores mostraram ao Instituto Segmento:

– 62% dos consumidores vão comprar os produtos de Páscoa preferencialmente em supermercados (o setor mais uma vez lidera o ranking de preferência dos consumidores). Além disso, 94% dos gaúchos não descartam a possibilidade de efetuar em supermercados as compras de Páscoa.

– Os benefícios apontados pelos gaúchos de comprar produtos para a Páscoa em supermercados passam sobretudo pelos seguintes motivos: comodidade de comprar os chocolates junto com outros produtos (40,4%), preço mais baixo (39,4%), variedade de produtos (37,8%) e proximidade de casa/trabalho (25,5%).

– Os gaúchos vão gastar, em média, R$ 206,00 nas compras de produtos para a Páscoa em supermercados.

– Em relação à intenção de compra comparado com o ano passado, 32% pretendem comprar mais que 2018, metade irá comprar a mesma quantidade (49%) e apenas 19% afirmaram que irão comprar menos que o ano anterior.

– Filhos serão os mais presenteados: 61,5% dos entrevistados afirmaram que irão presentear os filhos, seguido de marido/esposa 38,0%, pais/avós 28% e netos/bisnetos 24,5% no ranking de quem mais será presenteado na data.

– O poder de decisão das crianças é significativo na compra de produtos de Páscoa: 45,0% dos entrevistados apontaram que elas influenciam muito/médio na decisão.

– Compras de última hora: a maioria dos entrevistados pretende realizar as compras de Páscoa na semana que antecede a data (83,5%), sendo que, deste percentual, 34% pretendem comprar no dia da Páscoa ou na véspera.

– Maioria irá comprar à vista: praticamente sete em cada 10 entrevistados afirmaram que vão comprar à vista (69%) e, destes, 70,3% irão pagar em dinheiro e 29,7% em cartão de débito. Dos 31% que irão comprar a prazo, o cartão de crédito se destaca para 79%, seguido do cartão do supermercado com 19,4%. Segundo Longo, a avaliação é de que os consumidores estão evitando o endividamento.

– Procura por produtos artesanais e light: segundo os dados do Instituto Segmento, 19,5% dos gaúchos vão comprar algum chocolate diet ou light. Outros 20% dos consumidores afirmam que comprarão algum produto de Páscoa artesanal, com destaque para ovos (77,5%) e trufas (40%) entre os compradores dos produtos não industrializados.

A análise dos supermercadistas:

– Vendas: a pesquisa do Instituto Segmento mostra que os empresários do setor estão otimistas em relação às vendas de produtos para a Páscoa: os supermercadistas esperam vender, neste ano, 5,2% a mais do que no ano passado.

– Preços: os preços deste ano estão um pouco maiores do que os praticados no ano passado: o acréscimo médio é de 2,7%, não deflacionado.

– O impacto da Páscoa: o peso das vendas de produtos de Páscoa no faturamento total dos supermercados é de 7,1% em março e de 10,3% em abril.

– Origem dos produtos: atualmente, o mix de produtos gaúchos representa, em média, 34,5% do total de produtos de Páscoa comercializados no Estado, enquanto os produtos de fora do Rio Grande do Sul representam 65,5%.

– Faturamento: ao todo, 12% dos ovos de chocolate produzidos no país serão comercializados no Rio Grande do Sul, representando um total de 8,5 milhões de ovos, que vão alavancar um faturamento de R$ 84,5 milhões para o setor.

– Presente tardio: o bombom é o presente de última hora, quando serão comercializadas cinco milhões de caixas, agregando ao faturamento mais R$ 24,2 milhões.

– Variedade: 75% dos supermercados entrevistados vendem produtos de Páscoa light e diet.

– Os carros-chefes: segundo os supermercadistas, os produtos de Páscoa de maior venda são: caixa de bombom, ovos de até 150g e barra de chocolate.

– Vagas de emprego: 25% dos supermercadistas ouvidos pretendem contratar funcionários temporários. A Agas estima que os supermercados gaúchos e principalmente a indústria irão criar cerca de 1,3 mil empregos temporários no Estado, efetivando pelo menos 20% ao final da festividade.

Confira o comparativo em relação à Páscoa passada: